Várias Coisas Pra Fazer

19 abril 2011

Mais Uma.:

“Festa organizada e limpinha, pelo amor, não é festa”. – Xico Sá

Como todos sabem, até hoje não perdi nenhuma Virada Cultural. Adoro! Sério. Não só pelo fato da programação, que este ano, devo admitir, tava bem fraca. Mas pelo evento em si. Porra, é um super acontecimento na cidade, sabe? Vale a pena sair de casa nem que for por cinco minutos. Aproveitar e ver um stand-up, que tá na moda e foi de graça, ou, um piano na praça. Sei lá.

Não gosta de multidão? Se joga nos cinemas com projeções a céu aberto ou nos SESCs que promovem uma atração diferenciada. Não? Ah, então fica em casa mesmo, repetindo o velho discurso, como num disco riscado: ai, Deus que me livre. Programa de índio.

Pois bem. Se a Virada Cultural é programa de índio, nesta edição eu fiz barulho. Alouca! Não foi uma das melhores, mas foi a que mais aproveitei. Na sexta-feira, já um pouco embriagada, fiz minha programação. Primeiro show: Dominguinhos. Sim, sou uma pessoa eclética. Adoro forró nordestino, sou fã de Luiz Gonzaga. Graças a minha madrinha, que ora me acordava com Robertão ora com Gonzagão.

Dominguinhos entrou pontualmente. Estava tudo ótimo e maravilhoso, sanfona rolando, povo dançando, rebolando, passando, atropelando. Mentira. Tava até que confortável. Até que. Me chega o Sol. Mas com um pequeno detalhe: já era meia-noite. O sol chegou todo espalhafatoso. Parecia que só existia ele, o calor e seus raios, que iluminava seu alvo. Ela.

Comigo foi um típico: oi, estou te cumprimentando por que sou educado. Com ela, só faltou pegar pela cintura, abrir a roda e começar a girar, que maravilha! E eu lá. Com cara de quem já comeu e gostou. Como se não bastasse atrapalhar meu show, o simpático galã ainda ofereceu cerveja. Pra ela. Como quem diz, pra mim: viu, trouxa, aconteça o que acontecer, você sempre pega a minha baba. Espertinho.

Passado o momento "odiei esse cara". Continuei com Dominguinhos. O combinado era um show meu, um show dela. E o dela começaria dali a poucos minutos, Marina Lima. OMG! Todas vai. Eu, já sabendo que teria frustração, fui bem fria. Cheguemo perto do palco. Amigos. Muitos. Uns daqui, outros de lá. Todos juntos esperando a própria. Que chega, canta e... decepciona.

Na boa, não tenho nada contra Marina Lima. Aliás, tenho sim. Não curto o ritmo dela. "Fugaz" nem é tudo isso. Em outra música, ela avisa que está grávida, grávida de um beija-flor (oi?)... um porre! Cantoras desse naipe não conseguem levantar uma multidão. Tinha que ser uma coisa mais introspectiva. Tipo “Ensaios” na TV Cultura. Show pra geral não rola. Daí, todos com cara de cu. Enquanto eu estava linda e feliz com a minha plaquinha de eu avisei, seu lindos!

Marina Lima não engrenava nem com copo de Uísque, então resolvemos ir pro “Palco Seguro”. Dei esse nome ao lugar onde estavam os caras Beatles 4ever. Lá podia ir sem medo, a qualquer hora do dia ou da noite, música boa era garantida. Os caras tocaram 24 horas sem parar nenhum minuto. Mentira. Alguns intervalos de uma hora e pouquinho, mas velho... puta responsa. Ponto pra eles!

Depois de Beatles, me recolhi. Afinal, já se aproximava das 4h30 e sou britânica com relação ao horário da minha gemada. Raiou o sol no dia seguinte. Partiu ver Mart'nália, quarta atração da minha listinha. Show massa. Como sempre, fico parada enquanto belas e belos dançam ao meu lado. Com o calor absurdo que fazia, foi até bom não saber dançar. Fiquei lá pagando de gringa com meu rayban e admirando a beleza de quem samba assim no miudinho e eu não sei acompanhar.

Pode-se dizer que Mart'nália, pra mim, foi o melhor show no quesito som. Tava ótimo. Dava pra ouvir direitinho. Quando acabou, partiu Palco do Rock. Dali a algumas horas, a banda que nunca imaginei ver iria tocar ao vivo: RPM. Tudo bem que os caras são caça-níqueis e direto se juntam. Sou fã, mas jamais iria pagar.

Na época deles, ainda era pivete. Mas cresci ouvindo. Fora que acho o Paulo Ricardo bem bonito. Se fosse pra escolher um roqueiro, escolheria ser ele. Estilosinho. Cabelo lisinho. Barbinha. Tá, eu sei. Pula a fase carreira solo, trilha de sonora de novelas do SBT... Todo mundo tem um passado nebuloso, gente. Com ele não seria diferente.

Daí, como se não bastasse atrasar 20 minutos, os caras me abrem o show com a porra da música do Big Brother Brasil. Afe. Decepção em 3 2 1. Pior é que tinha neguinho cantando. Pulando. Como se aquilo fosse o ápice. Sabe, num ligo. Gosto é gosto. Mas me incomoda a ignorância alheia. Gente que se diz “do rock” e não conhece metade do que foi produzido aqui, no Brasil. Ô povinho chato, velho. Metido a under.

Depois daquela merda de música, os caras compensaram. Demoram horrores para tocar minhas preferidas. Mandaram até Cazuza antes de “Rádio Pirata”. Fiquei emocionada com a geral gritando “toquem o meu coração, façam a revolução”. Depois veio “Loiras Geladas”, uma das músicas mais antigas que retrata o atual cenário da minha vida amorosa. Alouca!

A minha preferida, “Alvorada Voraz”, veio só no finalzinho. Apesar de “Olhar 43” ter meu lindo nome citado em uma parte da letra, não é a que mais curto. Não sei por que. Talvez pelo fato do KLB ter regravado. Isso contribuiu e muito para cair no meu conceito. Mas mesmo assim, foi a escolhida para fechar o show e a minha Virada Cultural.

O saldo? Positivo. Não fui assaltada. Conhecidos foram. Não passei mal. Ufa! Não cai de bêbada. Nem bati em ninguém, muito menos apanhei ou sofri qualquer ameaça de luminária.

Por fim, mesmo cansada, com fome e dores nas pernas... eu ainda encararia umas Loiras Geladas.

2 Comentários:

  • Às 12:08 AM , Blogger nayla disse...

    oimeubem

    xu


    bealtes4ever tava muito bom, eu estava passando por lá quando tocaram day tripper!aí eu comecei a cantar loucamente.
    eles vão tocar em breve no teatro uniao cultural, é ali pela paulista. fica a dica.

    q mais...

    dominguinhos é bom mesmo, orgulho de você

    e

    nunca tinha ido no piano na praça, foi um dos lugares mais interessantes pra espairecer!
    ah é isso

    beijos

     
  • Às 1:53 AM , Blogger O que te espera? disse...

    Em Maceió rolou mto mais baphos! =p

     

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