Várias Coisas Pra Fazer

26 julho 2010

Paranapiacaba, a saga.:

(Aviso aos navegantes: este post está grande, hein. Então, se não gosta, se você se intimida com quantidade, por favor leia tiras. Obrigada!)

Você percebe que algo está totalmente fora de controle quando é acordada às 11h30 de domingo por um ser chamado Marcelo Hailer. Passado o susto e a minha total confusão mental, é hora de levantar e recuperar o tempo perdido.

Tudo bem. O que são algumas horinhas de sono a menos na vida de quem só tem dormido 4h ou 3h por noite, não é minha gente? É. Mas ela me esperava, e por isso levantei. Na verdade, quem me esperava eram meus amigos. Eu não poderia furar. Afinal, já tinha combinado. Pior. Combinado na mesa do bar.

Que minha mãe não nos ouça/leia, mas a mesa do bar é um lugar sagrado. É ali que você encontra os seus amigos, canta, ri, chora e é feliz. Por isso, tudo que ali for dito pode se voltar contra você. A bebida é coadjuvante, mas pode se tornar personagem principal. Então é de bom grado, na presença destes que vos aprecia, da bebida, da noite e do fervo, cumprir o que foi prometido.

No entanto, vale a ressalva. Não é muito seguro, pelo menos em se tratando da minha pessoa, aceitar convites na mesa do bar já com algumas doses de teor alcoólico no sangue. A prova disso, dessa falta de noção que pode nos envolver, é eu ter aceitado e retificado que iria para Paranapiacaba. Dois pontos. Festival de Inverno. Ver ela, Maria Rita.

Quem me conhece sabe que não sou uma pessoa que curte se deslocar para lugares extremos, longe ou que precise permanecer mais que duas horas sentada num transporte público. Não gosto do desconhecido. Oi? Verdade. Muito menos enfrentar trânsito e pegar onibus. Sério. Não é frescura não. Mas não gosto. Prefiro ir de carro, e odeio caronas. Ou seja, sou uma pessoa complicada quando o assunto é passeio, viagem e afins.

Sendo assim, com esse total espirito aventureiro que tenho, decidir ir a Paranapiacaba foi um fato raro. Me pegaram de copo na mão, com o não na contramão e acabei dizendo sim. Vamos. Mas antes, procurei me informar como fazia pra chegar, e foi aí que quase desisti. Mas a NossaSenhoraDoBomRole falou mais alto e vamô que vamô que dá.

Levantei. Almocei. Tomei Banho. Um Toddy. Dei um salve para os familiares. Coloquei blusa de frio. E fui. Não necessariamente nessa mesma ordem. Encontrei o pessoal, geralmente tenho encontrado muitas pessoas. Fiz os dez minutinhos de socialização e dali mais quinze já tinha intimidade para pedir por gentileza pra não soprar a porra da maldita fumaça na minha direção por que destesto meu cabelo com cheiro de cinzeiro. Obrigada.

Estava tudo bem, tirando a minha ansiedade de chegar e conhecer não só a cidadezinha mas também ver Maria Rita. Fazia um tempo que não ia em seu show. Ela é intensa. Pelo menos cantando. Gosto. Não tanto quanto Ana Carolina e Claudinha, mas gosto bastante. Da voz, das letras e das coxas. Do jeito. Principalmente do jeito. É sexy e tímido, do tipo apaga a luz pra ver.

Pensando nisso, meu humor estava ótimo. Até sair de Ribeirão da Serra. Saímos. Show às 19h, meu relógio marcava 18h, mas na verdade era 17 (ainda estou no horário de verão). Enfim, tempo de sombra até chegar a Paranapiacaba. Vírgula. Ou melhor, trânsito.

Cara, me injuriei. Odeio quando ficam: pára, pisa, acelera. Pára, pisa, acelera. Esses procedimentos de 5 em 5 minutos. Ou seja, fazendo com que você não veja nenhuma arvore passando numa velocidade digna de você se perguntar qual é o pé. Um pé de quê?

Aliás, Regina Casé tem um programa desse no canal Futura. Um pé de quê? É massa. Mas enfim, voltando. Era exatamente isso que eu estava pensando em fazer enquanto os ponteiros do meu relógio andavam e eu não. Estrada, transito. Trânsito, estrada. Combinação mais que estressante.

Até que, como num passe de mágica ou final de um bloqueio, tudo passou e foi liberado. O trânsito. Chinelaram e finalmente chegamos a Paranapiacaba. Festival de Inverno 2010. Massa! O céu tinha estrelas. As ruas muita ladeira. Muitas mesmo. Mas nem me dei conta. Só na volta. em que, obvio, se transformam em subidas dignas de doer as canelas. Casinhas, muitas. Antigas.

As pessoas não são bicho grilo. São só pessoas que moram numa cidadezinha e que recebem com educação e bom humor outras uma vez por ano no Festival. Tem bastante buteco. Como cheguei de noite, só o que pude apreciar mesmo foi a cerveja. Não dava tempo de comer as delicias, nem de comprar souvenirs. Queria saber aonde era o palco. Ver ela.

Maria Rita entrou por volta das 20h, ou 19 e alguma coisa, usando um vestidinho bem inho, curtissimo, meio vermelho chamafogo, meio vinho. Tinha brilho. E coxas de fora. Delicia é pouco.

Menos um pelo cabelo preso. Desnecessário, mas oquei. O sorriso compensa. Simpática, cantou de inicio uma música meio sorumbática. Depois do boa noite, disse que o Festival era um bom lugar para se apresentar. Sem grandes pretensões. Apenas para se fazer o que mais gosta: cantar.

E cantou. Sem seguir um repertório, que chamou de roteiro, mandou “Todo Carnaval Tem Seu Fim” de Los Hermanos. Versão que acho bem melhor, diga-se. Teve também as suas conhecidas, como “Caminho das Águas”, “Pagu” e “Cara Valente”.

Mas a minha animação ficou por conta dos primeiros acordes de “Num Corpo Só”. Afinal, eu tentei, mas não deu pra ficar, sem você... Cantei horrores. Depois teve “Muito Pouco”, que me fez pensar no muito que a vida traz... Mas breve passou com “Conta Outra”, que disseram ser feita pra mim, devido a minha cara de madeira. Será? Fica a dúvida. Hahaha.

Perto de terminar, já estava decepcionada por não ter rolado “Veja bem, meu bem”, e procurando enlouquecidamente um ambulante que vendesse Skol, quando, não mais que de repente, ouço: como num romance, o homem dos meus sonhos me apareceu num dancing... Parei tudo. E foi como se ela estivesse cantando só pra mim. Foda!

No fim, cortaram-se os pulsos em 'Não Vale a Pena', não vale uma físgada dessa dor, não vale como rima de um poema, de tão pequeno... e depois fechou com "A Minha Alma", do Rappa. Nem preciso dizer que foi massa o show. Cantei muito. Me diverti também e, pasmem, bebi pouco. Hahaha.

Na volta, só pensava em chegar. Estava cansadíssima. Mas ainda bem que não desisti de ir. Foi um belo jeito de conhecer Paranapiacaba. Acompanhada de Maria Rita, dos meus amigos, e relembrar algumas trilhas sonoras da minha vida.

Ps: Desconsiderem a qualidade do vídeo. Aliás, desconsiderem a música corta pulso. Queria ter colocado um com "Conta Outra", mas não achei. Só gravaram esse. Mas vale pela performance. Haha.

8 Comentários:

  • Às 12:21 PM , Anonymous Bruh disse...

    Genteee que biblia! kkkkk mas eu li tudinho pq to cult hj.

    Que bom q vc gostou de lá!!!

    Melhor ainda eh saber q pra te levar pra campinas so convidando na mesa do bar!!! Sua cara! kkk

    ¬¬

     
  • Às 3:31 PM , Anonymous will disse...

    já fiz textos maiores.

     
  • Às 7:17 PM , Blogger Daniella Ricciardi disse...

    Tb li tudinho... Acho que vou procurar essa música corta pulsos novagalume... rsrs...
    Vou ter que te arrastar pra Ribeirão na mesa de bar...??? Ah vamo vai... hahahahahaha...

    bjusteamo

     
  • Às 11:59 PM , Blogger nayla disse...

    compra um carro

     
  • Às 3:22 PM , Anonymous * disse...

    veja bem, meu bem...

    ...


    *


    ps: eu tentei.

     
  • Às 4:54 PM , Blogger REGIS OLIVAR disse...

    ESQUECI DE DIZER QUE FORA NOSSOS EMAILS DE SEGUNDA-FEIRA, TEU BLOG É UMA GRANDE FONTE DE SORRISOS E GARGALHADAS. ;D

     
  • Às 10:49 PM , Anonymous Bi disse...

    Primeiro: É RIO GRANDE DA SERRA meu bem, não 'Ribeirão da serra'
    hahaha
    Mas foi mara mesmo, tirando o nosso sofrimento subindo aquelas ruazinhas, que mais pareciam um Pelourinho sem fim, foi mara. Babados, confusões e lembranças.

     
  • Às 7:20 PM , Blogger nayla disse...

    compra um carro

     

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