Várias Coisas Pra Fazer

30 junho 2011

Dói Sim.:

Fazendo uma retrospectiva, este já o quarto. Sem contar as repetições. Por que, às vezes, um só não é suficiente. Leva-se um e, em seguida, outro. Agora, me pergunto: quem foi que disse que tapa de amor não dói?

Dói pra caralho! Além de arder o rosto, você fica sem reação. Ainda mais se for em público. Você lá, tentando amenizar a situação. Tentando não criar mais confusão e, de repente, PAH! Bem no meio da sua poker face. Eu, como já estou acostumada, nem sofro tanto. Mas os primeiros são sempre os piores.

Tapas de amor, é claro. Por que, antes desses, já levei centenas da minha mãe, pai e tias. Agora, de namoradas e afins, é diferente. Vem com gosto. Certeiro! Não dá nem tempo de desviar, nem de impedir. Só resta a marca, dos cinco dedos ali, expostos. Como prova cabal do seu fracasso. Ou do fracasso do outro.

Geralmente, o tapa na cara é uma reação de uma ação que não foi bem aceita por uma das partes. Às vezes, vem acompanhado de gritos e xingamentos nada discretos, como: “você não presta”, “sem vergonha”, “filha da puta” e, em casos extremos, “vadia”. Na minha opinião, o melhor é fazer a egípcia. Não revidar. Aguentar o tranco, bem fria, quieta. Na sua.

Não tem nada mais irritante pra uma pessoa descontrolada do que você manter a calma. Por isso fico bem na minha. Levo um, levo dois. Três já é demais. Oi? Matei sua mãe pra merecer tudo isso? Não né, então sejamos flexíveis. Dois já estão de bom tamanho. Volto pra casa com essa adorável e dolorida lembrança.

Fora tudo isso, tem a consciência. “Por que eu fiz isso, meu Deus?” é a frase que seria a mais citada num longa metragem sobre minha vida. Seguida de “o que eu faço com você, Diana?, cena protagonizada pelo Will. Meu fiel amigo, que as vezes me atrapalha, mas eu sempre dou um jeito de atrapalhar ainda mais.

Apesar de aceitar numa boa a fúria de uma mulher me dando um tapa na cara, acho um ato desnecessário. Sei lá, levar um tapa não vai fazer com que a pessoa não erre mais. Vai deixar apenas uma marca e, dessas, já tenho muitas.

Por isso, mulheres assim, que marcam, eu não quero mais saber. Por que posso ser tudo, mas acima de tudo, eu tenho caráter. E caráter, pra mim, não se resume a fidelidade.

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