O "causo" da Revista
Andando pela Av. Paulista próximo a estação Trianon e não tão distante da estação Brigadeiro, percebo que estou sem a minha mochila da Risca que, não é o toddynho, mas é minha companheira de aventuras!
Deixei minha Risca no hospital (onde minha prima estava internada) e, sem ela por perto significa a ausência de um livro, um jornal ou qualquer atributo que propicie uma leitura descente durante o trajeto: metrô linha azul, verde, vermelha e roxa! Aliás, por que não uma linha roxa? Linha amarela, eca. Amarelo é uma cor tão... tão...tão amarela!
Continuemos, ou melhor, eu continue andando pela Paulista pensando que ao chegar no metrô, dentro do vagão teria que ficar olhando pra cara dos outros e os outros olhando para minha cara de “tá olhando o quê?” Aí pensei, estou com um dinheirinho no bolso, então, vou comprar uma revistinha qualquer já que estou sem os meus pertences literários!
Parei na banca. Quem sabe uma Capricho? Rá. Até parece, depois de pagar só dois reais na Menisquência, nunca mais pago cinco e pouco em uma Capricho. Inclusive, o Will – o eterno adolescente – compraria e, sem dúvida, me emprestaria para ler a coluna do Antônio Prata, que ultimamente é só o que vinga na revista.
Dei uma olhada ali, outra folheada aqui e nada. Queria levar a Piauí, mas os trocados (ou seria miúdos?) dentro do meu bolso não me dava esse luxo. Vi, então, o Füher - Adolf Hitler - na capa de uma revista sob o título de “O nazismo Oculto”. Opa, vou levar esta. Bati o olho rápido: Ano 1, é nova, 4 reais e 90 bem cabível!
Peguei o troco sem conferir e enfiei no bolso. Desci pro metrô, contente e saltitante com minha revistinha à mão. Antes, comprei uma garrafinha de água, um real e cinqüenta centavos a bendita, que absurdo! Mas a sede era muita. 2 reias e 30 é o que preciso para entrar no vai e vem sobre os trilhos que me leva pra casa. Epa! Peraí, mão no bolso de novo, caça moedas e nada. Como assim? Só resta 1 real e 60 dos meus miúdos!
Vamos aos cálculos: 10 reais, menos 4 e 90, revista, menos 1 e 50, água. Igual a 3 e 60. Me passou a perna o jornaleiro, espertinho!
Voltei lá. Nesta hora, aprendi que burros e idiotas, como eu, ainda caem em golpes marketeiros de diagramação. Ele, o jornaleiro, me mostrou que em cima do valor 4 e 90 estava o 6 e 90. A diferença, tirando o valor de um e de outro, é que 6 e 90 estava acompanhado de um R$ e o 4 e 90 de um €. E, como não estou na Europa, obviamente foi me cobrado então em Réaus.
- Então... Tenho que devolver a revista.
- Vixe, sério menina? Aí fica difícil hein... Porque ela vem embalada e você já rasgou o plástico.
- Puts... É mesmo. Mas é que preciso voltar pra casa e só tenho 1 e 60 no bolso. Faltam 70 centavos pro bilhete do metrô...
- 70? Peraí, te arranjo vai...
E foi assim que um jornaleiro ajudou uma pobre estudante de jornalismo metida a intelectual a voltar pra casa!
6 Comentários:
Às 8:43 PM ,
Léo Pinheiro disse...
Por isso eu sou contra a assinatura de revistas!
Assinante de revista tira emprego de jornaleiro, este ser altaneiro!
Viva o Jornaleiro e o Jornalista.
Às 11:46 AM ,
Anônimo disse...
kkkkkkkkkk
Ai Diana, achei o máximo, mas imagino como foi.
Mas a matéria pelo menos era boa?
Às 12:15 PM ,
Anônimo disse...
vixe. vc é uma cabeçuda.
Às 8:01 PM ,
Léo Pinheiro disse...
Linkada no pai gordo...
Às 7:13 PM ,
Man** disse...
Tinha que ser vc né Dianda, e ainda insiste em falar de mim, cabeçuda rs
Bom domingo pra ti
bjos
Às 5:08 PM ,
Bridget Jones disse...
Eu estudei com o Antônio Prata lá na FFLCH! Grande Tonin...
Saudade daquela época...
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