Várias Coisas Pra Fazer

05 outubro 2010

De Zero a Um.:

Odeio gente que diz uma coisa dali a pouco faz outra. Isso me tira do sério. Me corta o tesão. Me bota pra baixo mesmo. Falo palavrão. Mando tomar no cu. Do nada recebo uma mensagem e a bem da verdade é que já estava pensando em mandar. Essas porras de sinais. Então decidi que aquele era um e resolvi perguntar: passa aqui?

Estou num bar com uma amiga. Foi a resposta. Já fiquei um pouco emputecida. Não gosto quando bebem na minha ausência, mesmo quando eu já estou em outra mesa. Daí que falei então deixa. Nem vem. Curte aí o bar. Veio outra mensagem seguida de uma já já estou aí. Não porra. Fique no seu bar.

É claro que ninguém me obedece mais nessa vida e dali a alguns minutos ela chegou. Sorridente, como sempre. Como se estivesse tudo normal. Isso me fode. Já fui logo mandando: tá fazendo o que aqui? Não estava no outro bar, porra? Estava, não estou mais. A calma dela me irrita. Me tira mais ainda do sério.

Nem sentou do meu lado. Não sei quando nem como aconteceu, mas meus amigos se tornaram seus amigos também. E aí, quando fui ver, era eu a zero a esquerda. Que levantava pra entregar um chopp do outro lado da mesa e pedir um com licença será que tem como você falar comigo? Estou no celular.

Depois dessa, desencanei. Pedi mais um chopp. Conversei com quem ali fazia questão da minha presença e ri. Ri como se as piadas fossem as mais engraçadas. E me esforçava para o meu olhar de canto não cruzar com o dela que também, acredito eu, por vezes me olhava. Até aí o teatro foi seguindo. Só que ela consegue se superar. Gosta de aparecer mais do que já é notada.

Levantou e ficou horas abraçada com um amigo meu que nem é tão meu amigo assim. Vejamos. Numa questão de lógica. Se o cara não é tão meu amigo, como pode ser tão amigo dela para ganhar abraços tão afáveis no meio de uma porra de um bar com a mesa toda olhando pra trás e perguntando: eles se amam? Só pode. Pensei. Era o único motivo para aquele abraço durar mais que a minha paciência.

A minha sorte, e a dela também, é que o chopp estava bom, meu amigo trabalhava no bar e não marcou devidamente na minha comanda os milhares que tomei. Bebi, bebi e bebi mais um pouco. E mais um. Mais dois e três. Quatro. Cinco. E só? Não. Vê mais um. Outro. Sem colarinho. Um dedo só. Que delicia de chop, gente! Foram vários e minha comanda continuava ze-ra-da. Salve Rafinha! Te devo essa.

Devia também uma explicação. Ou melhor. Ela me devia uma explicação. Seguiu para o banheiro. Fui atrás. Entrei. Por que está me tratando assim? Foi você quem escolheu. Merda de o seu português ser melhor que o meu. Falei duas ou três bobagens. Ela xingou. Olhou com aquele olhar de me beija logo que estou esperando e não fale merda depois. Falei. Ela disse: ai Diana, poupe me. E talvez um “se fuder” e saiu.

Em seguida, outra garota entrou no banheiro. Eu bem que poderia ter me aproveitado da situação, mas achei melhor não repetir, nem causar mais nenhuma confusão. Apenas fui eu mesma: Opa! Se quiser, pode entrar. Ela não quis. Que pena! Saí do banheiro e voltei pra mesa. Resolvi ir embora. Ela também. Fomos. Sumi. Voltei. Ela já tinha ido. Como assim? Já foi, Diana. Você sumiu. Ela foi.

Que menina! Vou atrás. Agora vai ser a minha vez de ir atrás. Agora? Há há há. Sempre sou eu quem vou. Vai por que é você quem prefere assim, ela diria. É. Prefiro. Mas também não precisa botar pra foder né. Deixa pra fazer isso na cama, caralho. Liguei. Não me atendeu. Toquei o interfone. Ouvi um: não aperta mais isso, ela tá descendo. Ela quem? Como sabiam?

Desceu e já da porta mandou: o que você quer? Ora, o que? Você! Que sumiu do nada, mano. Você sumiu primeiro. Porra, assim não dá. Que romance mais desarrumado. Pois é. Girando, obvio, falei alguma merda. Ouvi um: vai embora. Seguido de uma porta batendo bem na minha cara se não tivesse um portão na frente.

Sentei. Fábrica de Animas tocando ao lado. Posso entrar? Tem certeza que vai entrar assim e pagar 10 reais no final? Já está no final é? Já sim... ela não vai descer de novo? Ela quem? Sua namorada. Ela não é a minha namorada... Pareceu. Mas não é. Se fosse, você acha que ela me deixaria no portão? Talvez.

Acabei ganhando um Vip. Faço amizade fácil. Às vezes. Quando estou com cerveja na cabeça tudo parece mais fácil. Só é difícil acordar no outro dia. Uma dor de cabeça. Mas que logo passou com uma Neosaldina. O que pesou foi mesmo minha consciência.
Peguei o celular. Mensagens enviadas. Li uma por uma. Milhares. Nenhuma na caixa de entrada. Nenhuma ligação. Porra, não era pra ser assim. Era pra ela ter ligado. Respondido. Me perdoado. E não ter dito que tudo era passado.

Inclusive eu.

3 Comentários:

  • Às 2:17 PM , Anonymous ... disse...

    Talvez o presente esteja no "um a um", já diriam os Tribalistas.


    ...

     
  • Às 8:18 PM , Anonymous Bruh disse...

    Cri cri cri...

    teMso como diz vc! kkkk

    bjin :*

     
  • Às 11:00 PM , Blogger nayla disse...

    :O!

    vamos para piracicaba

     

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