Várias Coisas Pra Fazer

19 fevereiro 2011

Só Pra Constar.:

Vai morrer negando, enquanto eu vou continuar sentindo.

09 fevereiro 2011

Segura a Sua Mina.:

É sempre assim. Quando estou no meu canto, na minha, sozinha e quieta. As confusões aparecem. Não sei, mas tenho imã pra gente enrolada. Gente sem noção. A minha noite começou muito bem. Estava ótima. Só que sou teimosa e não obedeço a minha própria regra: se um rolê foi bom, não vá pra outro. Se contente com o pouco. Ou quase. Mais ou menos assim.

Já tinha tido um aviso de que a noite não seria baunilinha. Nunca é. Em se tratando da minha vida. Toca meu celular. Respondo aonde estou e ouço: Você tá me tirando? Ela não vai aí hoje não, sabe por que? Porque ela tá comigo! Você acha que eu sou otária? Achava. Depois dessa ligação, tenho certeza. Maluco, mando uma mensagem pra minha amiga e a mina dela vem na fúria pra cima de mim. Rachei! O mais engraçado é o nível: eu já estou cansada! Não quero saber se você brinca com todo mundo. Foda-se!

Tentei amenizar a situação fazendo um convite pra mesa do bar, mas não teve jeito. A mina enlouquecida só repetia que não era otária e que não gostava de mim. OMG! Entra na fila, baby, tem uma legião urbana de pessoas por aí que não vão muito com a minha cara. Sacomé. Nunca falaram comigo. Nem trocaram ideia, nem nada. Mas sei lá, devo incomodar. De alguma maneira, devo incomodar. Geralmente, é por causa de mulher.

Mulheres. Calma, gente. Tem de monte por aí, pode ter certeza que não vou querer a sua. Principalmente se ela já tiver sido minha. Quer dizer, até hoje nenhuma mulher foi minha, mas vocês entenderam. Confesso que meu ego subiu lá em cima ao saber que ainda existe uma criatura nesse mundo com ciúmes de mim. Até imaginei a cena. As duas tretando e a outra dizendo: o que você tem com essa menina, mano? Nada, amor, a Di é minha amiga.

Porra, amicíssima! Amizade pura e verdadeira. Serião! Mais sério ainda foi o que me aconteceu depois. Ê Diana, sua linda, por que não foi pra casa dormir, me diz? Logo você, que não gosta de festa em casa onde o número de pessoas que você conhece é menor do que as que você não conhece. Mas fui. Quem tá na chuva, é pra se foder. E ainda não estava chovendo. Cheguei linda e alta na casa da mina xis que estava namorando com a mina ípsilon.

Não era bem uma festa. Era umas meninas com outras meninas e uns meninos com outras meninas. Já fiquei incomodada. Sei lá, sempre desconfio de lugares com casais de meninas e casais heteros. Menino é muito idiota. Do nada surge a hora do selinho e vira uma putaria. Homem pegando lésbica, lésbica pegando homem. Enfim. Não curto, mas também não recrimino. Quem quer beijar, que beije. Não beijando a minha mina, tá tudo certo. Alias, que mina? Enfim.

Até a parte que me lembro, não rolou essas brincadeiras pré adolescentes não. Rolou outras bem piores que prefiro preservar os envolvidos já que eu não estava envolvida. Sou muito suave. Como não curto vodca, nem vinho e nem narguile. Estava me sentindo um peixe fora d'água quando uma das meninas vem e me lança o seguinte argumento: a Di já bebeu de mais, por isso não está bebendo. Di? Da onde ela me conhecia pra ter essa total intimidade?

Ameacei dizer que a Di não estava bebendo porque não tinha uma porra de uma misera cerveja naquela casa do caralho, quando a Bruna, mais que rapidamente, providenciou não sei como uma lata de Skol na minha mão. Tudo ficou maravilhoso. Até os meninos pareciam mais simpáticos. Quedize: até um deles ser corno. Vou tentar descrever os momentos seguintes com a maior humildade do mundo.

Deus me presenteia com cada situação, que só sendo muito humilde pra fazer por merecer . Uma guria, que não era loira mas também não era morena, sentou do meu lado. Começaram a rodar aquele narguile de boca em boca e eu girando com aqueles papos de “uma vez eu tava...”. Pra piorar, tinha um cachorro na casa. Desses tão pequenos e peludos que se você estiver muito bebada, senta em cima achando que é almofada.

Me afastei. Bruna puxando assunto pra tentar me trazer pra roda até que uma das gurias abraçada com um dos meninos lança: você faz o que? Eu? Faço nada. Só podia ser amiga da Bruna mesmo. Risadas. Bruna intervem com um vai se fuder e dá a letra da minha ficha criminal. Profissão, nível social e estado civil. Você fez jornal? A pergunta caiu feito uma bomba na minha cabeça, ou melhor, a guria se jogou feito uma bomba do meu lado. Passei pra Casper.

Que massa! Foi só o que consegui dizer, antes de ela se jogar do meu lado e começar a falar e falar. Queria saber tudo. Tudo o que eu não sabia, ela queria saber. Meudeus! Duas horas da manhã e a guria pedindo conselhos sobre o mercado de trabalho. Oi? Ai, tô te enchendo muito com esse papo, né? Magina, nem um pouco! Simpatia é o meu forte com garotas bonitas. Levantei. Você é lesbica? Segunda bomba na minha cabeça. Sou. Eu sou bi. Explosão.

Era só o que me faltava: a guria ser bi. Quando uma mina, acompanhada de um garoto, fala que é bi. Opção 1: ela quer te dar. Opção 2: você vai querer comer. É aquele lance de ego. Beija menino, credo. Mas foda-se. Quer me beijar. Então, beija. Comigo é assim. Só não sabia que pra ela também.

Sem mais delongas. Percebi que, ou me fazia de cega, ou investia logo. Perguntei do garoto. Só fico com ele. Ah. Só fico. S-ó f-i-c-o, claro! Como se isso não fosse o bastante pra tirar o meu cavalo da chuva. Não foi. Beijei a garota chata da boca bonita.

Depois de um tempo. Um bom tempo, diga-se. Bruna me chama de canto. Fala que um tal de Fê tá afim de mim. O-y? Com Y. Ele tá puto com a Li. Acho que bebi demais. Quem é Fê? Quem é Li? Caralho, Diana! Li é a mina dele que você tá beijando. Ele tá puto com ela. Mas se você ficar com ele, tudo bem. Gargalhadas. De faltar ar no meu diafragma.

Nem precisei dizer à Bruna que ela só podia estar maluca, quando veio a justificativa. Foi ele que pediu pra te falar isso. TODOS LAMENTA. Na moral, avisa que a guria é bem mais a minha cara. Não vou beijar ele nem aqui nem na china. Então a gente vai embora! Por que? Porque ele tá puto com ela. Ah, pára, mó animada a festinha! Diana, menos. Vamô embora.

Não deu nem tempo de me despedir do Fê e da Li. Uma pena! Da sala ouvi uns gritos vindo da cozinha. Quando fui descendo a escada, ouvi outro. Parei. Lésbica do caralho. Bruna me puxando pelo braço. Caralho eu não tenho, gato. Quem tem é você e, ainda por cima, não usa.

Quando cheguei em casa, pensei: não é possível que me meto em duas confusões no mesmo dia só por causa de mulher. Pior, mulheres que nem são minhas. Gente, ter ciúmes de mim é assinar atestado de burrice. Elas nunca irão deixar vocês, suas lindas, seus lindos, por minha causa!

No máximo, você terá só um par de galhos. Mas o que é pior: um par de chifre ou ficar sem sua mina? É só fingir que não nota o profundo interesse que elas têm por mim. Atração, gente. É só atração. O amor é de vocês. Comigo, é só beijinho e olhe lá. Uma ficadinha sem maldade.

Então, para evitar aborrecimentos maiores, anota aí na cartilha da vida: não quero nada da sua mina. Nadinha. Eu beijo. Afinal, seria muita falta de respeito dizer não a uma garota tão linda, não é mesmo? Por isso, eu pego. Mas não me apego, tá? Fiquem sossegados. E não venham me dizer que me acho isso ou aquilo. Magina! Eu sei bem o meu lugar. Não confio nem um pouco no meu taco. Apenas sei jogar.

05 fevereiro 2011

Até o Chão.:

Cheguei em casa as 8h. Acordei às 15h e tomei uma Neosaldina. Meu coração dispara, acho. Quando tomo esse remédio. Respondi as mensagens do meu celular e ia voltar à minha ressaca moral. Quando minha mãe liga a TV e diz: Diana, a Claudia Leitte está na Globo.



Obrigada senhor por essa injeção de animo!

02 fevereiro 2011

Um Bem Que Faz Mal.:

Apesar de muitos acharam que usou saia tô pegando, na verdade, isso não é bem assim. Até por que a realidade é que nem todas que usam saia querem me pegar. Eu posso até querer. Pegar elas. Mas quando uma não quer, duas não beijam. Mais ou menos isso. O fato é que devido essa minha busca pela pessoa perfeita, só namorei duas meninas até hoje que, na época, eram perfeitas pra minha vida.

Só que o tempo passa. O namoro se desgasta e você chega a pensar: meu Deus, o que está acontecendo? Algo saiu fora dos meus planos de casar, constituir uma família e fazer dela a mãe do meu filho. Kevin. Daí, de repente, tudo que você desejou cai por terra. As viagens. Os presentes. Os roles. Os encontros.

Você perde a vontade de ver a pessoa, quando aquele sorriso no rosto não existe mais. A primeira coisa que você faz quando a encontra é olhar no relógio e contar quantos minutos ficarão lado a lado sem um: cala a boca. Brigas fodem a relação. Desconfiança também. A única coisa que segura uma relação abalada por brigas, ciúmes e desrespeito é a cama. Se há tesão, muitos acreditam que deve existir uma solução. O ruim é quando não há. Remédio e nem remediado está. Já era.

Terminar não é fácil. É prático. O namoro tá ruim? Só brigas? Fim. Pra muitos, é assim. Basta. Colocam uma pedra. Um ponto. Final. Fim. Sempre tem um lado que sai mais machucado. Pra mim, quem termina um namoro e não sofre, não amou o suficiente. Sofrer é lindo. É a única maneira de aprender e de deixar. Passar. Demora, mas passa. Quando você vai ver, tudo volta ao normal. Ou quase. EXiste a fase dois: a convivência com aquela que era A e agora é E. Ex.

Isso sim é tenso. Pelo menos comigo. Ate hoje só tive ex que me fodeu e só elas sentiram prazer. Cada uma com o seu jeitinho. A sua doce sutileza de dizer uma frase enfiando bem de leve uma faca no meu peito. Uma frase de ex pode machucar bem mais que um “eu não te amo mais” de uma atual. Pode apostar. Mesmo que o namoro tenha acabado, o carinho não muda. Só a intensidade.

Namorei dois anos e meio, e toda vez que minha ex me liga, me pergunto: como consegui ficar tanto tempo com uma menina que até hoje não me conhece? Não sabe nem quem eu sou. Agora acredito que pode-se passar um bom tempo ao lado de uma pessoa e dela só decorar o sobrenome. Tenso. Com M e Ç.

Nunca dou sorte com ex namorada. A maior característica delas é me julgar. Você nunca vai ser feliz, Diana, se continuar assim. Oi? Você vai acabar sem nínguem Diana, porque você quer o mundo inteiro! Como? Você só sabe ir pra mesa do bar e beber, seu rolê é esse! Jura? Você é mó idiota, não vai em rolê que tem homem. Será? Você é livre, Diana. Nunca vai ser de uma pessoa só. Que mais? Você é muito chata, tudo tem que ser do seu jeito. Sempre! Caramba...

Como se não bastasse tudo isso, tem coisas piores. Do tipo: forçar uma amizade que não existe, ou, falar que ainda me ama e completar a frase com: foi você quem estragou tudo. Você cagou. Você, você, você, você. Eu, eu, eu, eu. Tudo. Com todas. Sou sempre eu. Sempre. A responsabilidade sempre cai pra quem é mais. Mais idiota.

Minha sina é viver tendo DR de algo que já passou. Simplesmente elas não esquecem. Qualquer coisa é motivo pra jogar na minha cara que não fui a namorada que elas queriam, mas pelo menos tentaram. Pois é. Elas tentaram. Fizeram um super favor pra coitadinha aqui. Ô dó. De mim. E pena.

Muita pena. De quem me liga e fala: Diana, não quero mais receber aqui em casa a revista que você trabalha, tem me causado muitos problemas. O-i? A pessoa não liga nem no meu aniversário e aí me liga pra falar que uma revista, pra qual trampo, está causando problemas no relacionamento IN-CRI-VEL que ela mantém agora!? Ah, velho. Francamente. Vergonha alheia.

Na hora, me deu uma ataque de riso misturado com uma raiva e lancei: Garota, sua namorada é louca? Você não pode nem ler as coisas que escrevo? Gente, avisa pra ela que terminamos em 1974! Desculpa, mas numa boa, manda ela tomar SUSTAGEN. Pra crescer. Porque né!

O pior disso tudo é ouvir um: ela não gosta e eu respeito. Não gosta do que? Da revista ou de mim? De você! Agora, me pergunto: o que fiz pra essa criatura!? Que nem conheço, diga-se. Ouço: nada! Mas ela sabe que você é a única ex que ainda mexe comigo. Ah, velho. Mexe no meu pau e chupa! Que ódio, que raiva fiquei de ter namorado uma menina que não consegue nem ter um relacionamento decente. Tomar no meio do cu. Das duas.

Esse ano começou bem desgostoso com relação a relações. Depois dessa, ou melhor, depois do “adivinha com quem eu fiquei?”. Achava que nada iria superar, mas essa da revista ganhou em disparado a esse telefonema me contando, com a maior naturalidade do mundo, que beijou a menina que eu menos gostava do role. Ah, velho. Ciúmes? Não. Falta de consideração mesmo. Beijar, a gente beija quem quer. Mas contar, a gente conta pra quem quer saber. E eu não queria. Sério.

No final de 2010 bebi até o que não devia e atormentei o saco da minha ex com milhares de msg: volta pra mim. Ouvi diversos nãos seguidos de “não sinto mais nada por você. Nada. Nadinha. E não fico com quem não sinto nada”. Tudo bem. É a lei da vida. Acordei no outro dia e vi a merda que tinha feito. Pedi desculpas. Pedi mais ainda pra não me tratar diferente, só por causa do meu surto.

Diferente não fui tratada mesmo. Mas machucou. Ouvir um: adivinha quem beijei? Sendo que dias antes eu tinha lançado um: te amo ainda. Foi golpe baixo. Certeiro. Bem no fígado. Daqueles de perder o ar. E tudo mais que fosse necessário pra dizer um misero: eita!

Sei lá. Tão desnecessário. Ouvir tudo aquilo. Mas ouvi. Ajudei e até palpitei. Sou assim. Não guardo mágoas. Não sei me afastar. Sofro se fico longe. Prefiro manter uma aproximação, do que sofrer com a distância. Não fiquei com raiva. Talvez, na hora, como no caso da revista. Mas depois. Depois passou... e passou tudo.

Só ficam as frases, que ainda doem, quando lembro. E a dúvida. Como pude passar tanto tempo ao lado de pessoas que hoje nem me conhecem mais. Não sabem quem eu sou. O que sou. O que já fiz. O que passei. O que sinto. O que julgo ser o certo. Não sabem nada de mim... Na-da! Só pensam que sabem. Ou, pior, talvez nunca foram a fim de saber.