Ela Tem o Dom.:

De piorar ainda mais qualquer segunda-feira. Por que raios ao chegar em casa, linda e cansada, não liguei pra Ká para contar as novidades?

Preferi assistir TV e depois ler (nada pessoal, Ká. É que estava cansadinha de mais para contar os últimos bafos). Eis então que toca o telefone...

Não é nada de mãe Dinah, mas eu sinto. Iria dar merda. Mesmo assim... Atendi.

E deu. Merda.

Não é questão de mais do mesmo, é vontade de tripudiar, sabe? Seres humanos... Medo! Não basta só me deixar um lixo, ela precisa ter certeza de que cumpriu o serviço. Sobe, dança, rebola no palco e pede aplauso, ainda.

Como se eu já não soubesse, devido as suas inúmeras afirmações, que sou uma pessoa ruim e sem coração. Pequena e ridícula. Praticamente um mostro. Afinal, fui eu que terminei. Que não devo ligar, nem estar sofrendo. Você pode. Pode tudo, inclusive ser hipócrita!

No final, faltou sono e sobrou mau humor. E, nessa levada, quem leva a pior é minha mãe. Hoje acordei tão, mais tão sem noção... Que reclamei até do que não tinha pra reclamar.

Pior que isso, só o telefone tocando de novo e no final ouvir o clássico ‘filha da puta’.

Isola. Toc-toc-toc. Bate na madeira!

Só Pra Constar.:

Sábado foi dia de 'pré-fechamento' lá no serviço. Não sei explicar, mas é uma sensação muito boa quando você entrega um texto aos 47 minutos do segundo tempo e recebe um 'muito bom' como elogio. Sério, é uma mistura de alívio com felicidade.

Aliás, venho sentindo muito essa sensação ultimamente.

E, como diria minha avó, depois da obrigação vem a vadiação. No caso, tudo começou com mais de 20 esfihas de queijo e carne, pastéis, kibes, batatas fritas, coca-cola, kaiser e, claro, água. Sim, sou fresca.

No mais, o sábado só não foi mais divertido porque no outro dia já seria domingo.

Ai ai, caramba!

Eaí que cheguei em casa e pensei: se tocar Ana Carolina de novo, nesse maldito mp3, jogo ele na rua. Já não basta eu sair pra comprar um super mega chocolate e começar a tocar 'Quem de Nós Dois' na porra da bomboniere, ah... Francamente!

Mas, isso não me abalou. Até parece que iria deixar de comprar meu chocolate por causa de uma musiquinha. Virei linda e magra pro Will e: “Paga pra mim, vou esperar lá fora!”

Hahahaha!

Mas, como ia dizendo, cheguei em casa e tocou 'tirou onda', sensacional. Não é que achei ela super pertinente, até já baixei. Afinal, é o que tem para o momento. Porque ouvir minha musa Ana Carolina só daqui uns dois meses... e olha lá.

Tirou onda do meu coração
Brincou com a minha paixão
Agora me pede perdão
Não vou dá, não dou não!

Sem rumo e sem direção
Navega no mar da ilusão
É tarde demais prá voltar

Eu busquei mil estrelas
Prá te dar, prá você me amar
E a flor mais bonita
Eu fiz nascer, prá você me querer

Você nem se comoveu
E zombou da minha dor
Meu amor enfraqueceu
Se perdeu, acabou...

Roda Gigante.:

A vida se atrasa. Junto com ela vai se atrasando o tcc, as revistas que tenho pra ler, os artigos, os livros.

Têm dias que acordo bem, outros nem tanto. Principalmente se estiver frio, odeio acordar com frio. Mesmo. Que saco! Um dia, vou levantar e dizer não. Não para o café-da-manhã, não para o serviço, não para minha mãe e não para o despertador.

Vou ficar 'de boa' na cama. Sem fazer nada, vegetando...

Todo dia deito e não durmo. Se consigo, durmo pouco. Meu sono sumiu.

Ontem fiquei lendo até 1h da manhã, quando fui ver... Já era 3h. Mas, como diz minha mãe, ruim com ela (a vida) pior sem ela. Concordo!

Então, vamos pela ordem. Beber, cair e levantar. Rá, brincadeira. Dormir, trabalhar, tcc e o resto, que não é resto e sim o melhor, a gente vai conciliando. E sem essa de Zeca Pagodinho sobre a vida. Mas é bem verdade que fazer planos é o erro.

Portanto, sem eles daqui frente!

Podia.:

"...dizia que o certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundezas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma."

João Guimarães Rosa - Manuelzão e Miguilim

E quanto mais eu me explico, mais me complico.

Tão, mais tão previsível.

Que cansa. Poderia ter apostado um ingresso para o show da Madonna que você iria me ligar hoje, ah se podia...

É obvio que você ia ligar, era fato. Claro, hoje é sexta-feira! Você não ligou na terça, nem na quarta, muito menos na quinta-feira a noite. Mas na sexta... É batata! Pra quê? Por quê? Simples! Até o mais bobo saberia.

Você não consegue dormir sem a tal confirmação. Tanto é que, após ter obtido, inventa uma desculpa e desliga rapidamente. Mas é isso ai, satisfeita?

Sexta-feira, 23h50, estou em casa. Não, não sai. Pronto... pode ir dormir sossegada!