Vamos ver se funciona.:
Assim, nos meus dias de amargura, nada melhor do que fazer um duo com o todo, sempre, lindo: Reinaldo Gianecchinne. Lógico que, na minha versão, o jingle ficaria: Me beija... me aperta... me chama de mona mor!
Se tem uma coisa que mais se aprende na faculdade é dar truque. Todo e qualquer universitário que se prese vive trucando por ai, é inevitável. Alguns iniciantes ralam para conquistar esta arte, comigo é diferente, é algo que está no sangue. Desde os meus tempos de colégio a trucagem já existia, com o tempo veio só se aperfeiçoando e, hoje, posso dizer que me tornei uma truqueira de primeira!
A Arte de Trucar se dá a partir do momento em que lhe é imposto algo, nós, truqueiros/universitários, temos dificuldades em lidar com o tempo, horários, dias e metas. Psicólogos afirmam que esta questão está relacionada a demanda de responsabilidades (que o jovem truqueiro) adquiriu na infância, logo, este distúrbio (trucagem) se dá na adolescência à fase adulta.
Mas, sabemos que isto não é verdade. Nada tem a ver com caráter, muito menos, falta de responsabilidade, jamais!
A verdade é que os truqueiros são compulsivos por uma adrenalina, que só é gerada atráves da “pressão” sucedida por um “atraso”, ou seja, é fascinante viver sobre a corda bamba, é maravilhoso terminar uma tarefa aos 47 minutos do segundo tempo. É digno!
O ápice da carreira de um truqueiro é quando ele, mesmo com um trabalho “feito nas coxas” entregue com dois dias de atraso, ainda sim, consegue fechar (sem notas vermelhas) o semestre. Fala aí se não é um puta orgulho? Porra... Chego a ficar sem palavras ao relembrar momentos semelhantes a este, inclusive, momentos assim não faltam em minha vida estudantil.
Por isso digo que a "Arte de Trucar" é uma das melhores experiências acadêmicas, pois, o que seria de mim sem aquele frio na barriga ao acessar o boletim de notas e faltas? O que seria se não pudesser ter aquela sensação de dever cumprido após mais uma semana na faculdade revendo os amigos e realizando os exames? Seria uma estudiosa, talvez... Mas não, eu não caio nessas armadilhas! Portanto:
Viva o "Truque", hoje e sempre!
Cheguei hoje ao serviço 10h, sendo que meu horário é às 9h. Maldito horário de verão!
Hoje é dia dos Professores, logo, não tem aula. Ainda bem, estou com frio pra sair de casa. Por falar em casa, me lembra meu quarto que precisa ser arrumado. Está tão bagunçado quanto minha gaveta de bagunça, sim, eu tenho uma gaveta da bagunça! Tudo que não sei onde colocar jogo lá, inclusive, ela já está bem cheia.
Talvez em um futuro bem próximo eu chegue a ter duas ou três gavetas de bagunça. Fazer o que se não consigo me desapegar dos bens materiais não é mesmo?
Sem exagero, ele, meu quarto, está tão bagunçado, mais tão bagunçado, que se alguém entrar nele é capaz de se perder!
Joguei na moedinha se vou arruma-lo hoje ou não. Deu hoje. Então, resolvi mudar o jogo, digo, a sorte. Me inscrevi para ganhar um livro no site da Capricho e lá disseram que o resultado seria postado às 19h e pouquinho, percebe-se que o horário de verão afeta não só esta humilde pessoa mas a todos em geral, logo, ainda não saiu o resultado.
Pois bem, se entendi as instruções o resultado deve sair hoje. Portanto, olha que genial, se eu ganhar o livro arrumo o quarto hoje, afinal, ele precisa estar limpinho para um novo presente! Caso contrário, o quarto fica para o mês que vem, até lá, já ajuntei dinheiro suficiente para comprar eu mesma o livro.
Fui tomar uma água e não tinha copo na copa, só aqueles pequeninos de café. Tudo bem, vou ter que encher diversas vezes, mas, pelo menos não vou precisar meter minha boca ali no...gargalo. Gargalo? Que seja, no "bico" da torneira! Tomei minha água natural, que saiu gelada, e joguei o copinho no lixo.
Voltei pra mesa, atendi uns telefonemas, olhei pela janela e a tiazinha estava lavando a calçada com mangueira. Vendo aquela água jorrar daquele caninho azul marinho fiquei com sede novamente.
Na copa, nada dos copos em tamanho digno para se tomar uma água, então, lá vou eu de novo nos pequeninos. Depois de umas seis enchidas saciei minha sede, em seguida, copinho no lixo.
No caminho de volta pra mesa tive um insite: Eu queria ser um copinho de café! Descartável, isso, eu queria ser uma pessoa descartável, do tipo que não precisa fazer amizade, não precisa criar laços afetivos, onde a única responsabilidade é ser útil somente uma vez. É, eu queria ser descartável. Assim não teria tantos problemas com isto que as vezes chamo de ser humano.