Várias Coisas Pra Fazer

30 setembro 2010

O Chão Se Abre.:

Notícia boa, notícia ruim. Notícia boa, notícia ruim. Foi assim a minha vida essa semana. Ou melhor, está sendo assim a minha vida nessa semana, visto que ela ainda não acabou. Meu cristo. Venha a logo a sexta-feira pra que eu posso sentar, conversar e rir.

Sempre falo pra Bianca. Um ditado ridículo que minha mãe faz questão de mencionar quando me vê feliz: quem muito ri, chora Diana. Felicidade é uma coisa. Alegria é outra. Não gosto de pessoas alegres em demasia. Me cansa.

Por isso estou, neste momento (e em todos os outros depois que soube), chorando horrores. É bem verdade que as novidades boas superam as ruins. Boas são no trabalho. Apesar de um certo medo, estamos tocando. Seguindo em frente. Com milhares de olhos e mãos atentos para apontar o primeiro passo em falso. Tudo bem. A gente só aprende quando erra.

A novidade ruim supera tudo. Que já passei e ainda vou passar. Nada é pior do que ficar longe de quem você realmente ama. Não é nem amor que sinto, é algo mais forte. É a minha vida mesmo. Em jogo. Sério. Que se foda se acharem que é exagero. Exagero de cu é rola.

Pra mim, é o amor mais puro que tem. Que me faz chorar toda vez quando lembro que, daqui alguns dias, ao chegar do trabalho, não vou ouvir o “Di...!” e ganhar o melhor abraço do mundo. Acordar e ver que na minha cama não terá mais carrinhos da Hot Wheels formando uma fileira idêntica ao horário de pico nas marginais.

Pensar que minhas folgas durante a semana não terão mais sentido se não for pra ir até o Colégio Firmino, na Patriarca. Que não vai adiantar de nada ficar sem andar de Long para ter mais disposição na hora do futebol na praçinha. Dar um jeito de apagar o alfabeto inteiro escrito na parede com esmalte, já que ninguém mais vai repetir as letras e empacar no M.

Nada que eu faça vai suprir a falta que vou sentir do Vítor. Numa infeliz ideia do meu tio, quem vai literalmente sofrer as consequencias sou eu. Pessoas são egoístas, velho. Como podem, do nada, tirarem o que tenho de mais precioso na vida. Levar o menino para morar na praia. Virar um caiçara. Aquela pele branquinha ter que ficar 24h com protetor fator 30.

Que merda, velho. Que merda. Não consigo pensar em outra coisa se não for numa merda. Bem grande. Que vai ser a minha vida sem o Vitor aqui. E velho, que se foda se descer pra praia é 1h e pouco de ônibus. Que se foda. Já basta minha mãe dizendo: pelo menos é em Santos, Diana, e não no Paraná! (meu tio tem casa lá). Aí sim seria o fim.

Foda-se que é em Santos. Pra mim, tá parecendo que o muleque vai pra fora do Brasil. Já estou até vendo minha vida de desce-e-sobe a Serra. Porra, justo eu! Que odeio viajar. Não vou pra aquela casa faz séculos. Tudo lá me lembra um passado que foi bom e que nunca mais tive. Que merda, velho.

A vida não podia ser tão injusta comigo assim. Nem consigo mais escrever. Escreve que passa, Diana. Passa é o caralho. A gente vai descer sempre, Diana. Vai é o caralho. Mania das pessoas acharem solução pra tudo. Pra elas, né? Que não estão chorando direto só de pensar que daqui a semanas vou ter que me contentar somente com fotos do celular.

Mania de mudanças. Fica tudo do jeito que está. Faz igual o Tirica: pior do que está, não fica. Mas não. Gostam mesmo de me foder. E sem o menor prazer. Caralho, viu.
Estou tentando ocupar minha cabeça, não sofrer por antecedência, mas como? É foda. Minha mãe é que vai pastar. Não que ela seja uma vaca. Mas, se já não estava voltando tanto pra casa, que dirá agora sem o Vitor.

Não terei motivo algum para chegar cedo, muito menos passar meus finais de semana lá. Já que querem me fazer sofrer, que sofram junto comigo com a minha ausência.

E o Diego? Um idiota. Ao invés de argumentar e falar: Pai, fica por aqui. Santos é a maior roubada... Não. Só pensa que agora terá um lugar pra ficar de graça quando for para o “litoral”. Afe. Que imbecil. Se ainda fosse Ilha Bela. Não... Santos! Tomar no cu.

Tem horas que certas decisões são tomadas e, por mais que te prejudiquem, que lhe fodam a vida, não há nada que você possa fazer. Só aceitar e tentar se adaptar. Guardar todo mês cem reais para passagens de busão? Talvez. Terei que me organizar.
E chorar menos. Pra isso acontecer, parar de dar o play já ajuda.

21 setembro 2010

Então diga.:

Você pensa que a vida é o que? Sair, beber, acordar e sair de novo? E trabalhar. Vale acrescentar. Eu trabalho, se você ainda não percebeu. Aliás, faço tudo isso por que trabalho. Ou você me banca? Me dá o dinheiro para sair, beber, acordar e sair de novo? Você só me dá cama. E isso nem está relacionado ao ato sexual. E sim ao doméstico. De dormir. E sonhar.

E você sonha? Nem deve dá tempo... Sonho, ué. Mas é bem verdade que as vezes durmo e esqueço. E você? Não sonho. Com você na rua, nem durmo. Que mentira da porra. Odeio gente mentirosa. Já basta eu. Você dorme sim. Quantas vezes já cheguei e te vi roncando no sofá. Você dorme. A vida é feita de escolhas. Não tenho culpa que você escolhe o sofá.

E você parece que está fazendo as suas, não é mesmo? Estou. Uma hora na vida a gente tem que escolher não tem? Tem. Então... Você está sempre escolhendo o errado. Talvez eu não goste do certo. O certo é o certo. Claro que não. É bom errar e assumir o erro. Assim você se torna mais humilde. Eu sou. Até meus amigos dizem.

E você tem muitos amigos né? Alguns. Conto nos dedos. Da mão. De uma só. Conhecidos até tenho bastantes. 80 seguidores no Twitter... pouco né? Esses são só conhecidos. Você nem sabe o que é twitter... Tudo bem. Nem eu sabia há uns tempos aí. Cada dia aparece uma novidade não é mesmo?

Só você que não tem muitas né? Não sei nada da sua vida... Eu engordei. Disseram. Você não notou? Claro... Isso você não nota. E que cortei o cabelo? Tá... também não. E que comprei um tênis novo e uma calça - apesar de ter ouvido que ainda preciso trocar o armário. Quem disse isso? Uma amiga...

Amigas você tem bastante né? Tenho? Tem. Cada dia é uma que liga aqui atrás de você. Jura? Nem percebi. Quase não fico em casa. Não sei porque ligam aqui e não no celular. Ligam aqui justamente pra saber se você está em casa...

Preocupadas elas, né?
Talvez... você devia ficar feliz. Eu? Por que? Bom, se muita gente se preocupa comigo, é sinal de que sou uma pessoa adorável, gente boa e carismática. “Muita gente”... só meninas! De família, vale lembrar!

Você deve ser aquilo que andam dizendo por aí: bi... bi... Bi? Bi eu não sou mesmo! Nem terminei de falar a palavra. Termine então, mas não pare no Bi. Tenho péssimas conotações para esse diminutivo. Bi...polar. Você nem sabe o que é bipolar... É quem muda de jeito toda hora. E eu mudo de jeito é? Cacete... tu é um ser contraditório. Contra o que? Ditório.

Por que? Sempre fala que não mudo o meu jeito de pensar. Você muda de humor. Uma hora está feliz, dali a pouco está brava. Braveza não é antônimo de felicidade. Posso estar brava e feliz ao mesmo tempo. Aliás, brava eu sou sempre. Todo dia. É... isso é mesmo. Então.

E o seu carro? O que tem a porra do meu carro? Quando vai comprar? Logo. E vai guardar aonde? Quer mesmo que eu responda ou posso continuar sendo educada com você? Grossa! Sou. Você é assim com os seus amigos também? Igualzinha. Não me faço de legal para agradar.

Que ótimo. Então eles devem te amar mesmo, pra te aguentar. Amam sim. As suas amigas principalmente. Principalmente... Amigas que nunca conheço. Claro que conhece. Já trouxe algumas aqui.

E levou pro seu quarto...
Queria que eu levasse pra onde? Cada coisa que você fala... Cada coisa que você faz. Faço bastante coisa. Inclusive mentir pra mim. Não minto. Omito, é diferente. É tudo a mesma coisa... Não é. Omite o que? O que você já sabe. E o que eu sei? A verdade.

16 setembro 2010

Só Clicar 3.:

Para aqueles que ainda me acompanham nessa luta diária: um pouco mais da minha ridicularização!

Hahahaha.

Meu terceiro Podcast. Tá bem tosco. Faço o possível para me superar cada dia mais e mais.

Ouçam!



03 setembro 2010

Dois (ou mais) em Um.:

Viajo porque preciso, volto por que te amo. De volta. Estou pro seu aconchego. Trazendo na mala bastante bobagem. Que vou escrever aqui. Pra variar. Que saudade de você! Meu querido blog.

Dei uma sumida. Sei lá. Estou até pensando em tirar o link do meu Twitter. Maior chatice. Começou a baixar por aqui uma galera baixo astral. Que só sabe falar mal daquilo que está legal. Aí é osso. Minha mãe disse, quando ela ainda falava comigo, que pessoas assim não são felizes. Quem fala mal, sente inveja da vida alheia ou catiça tudo que é do outro, nunca está feliz. Tenho pena.

Pra mim, blog não é vitrine nem mural. Muito menos caixa postal. Que servia pra dar recado. Blog pra mim é necessidade. Escrevo porque gosto, publico porque quero. Mas aí comecei a ficar meio bolada. Me importando com o que ia escrever, com quem ia ler, e se ia me trazer problemas. Mas passou. Foda-se.

Nesses tempos em que estou vivendo melhor. Acordando cedo. Mentira. Chegando cedo no trabalho. Mentira. Médio vai. Parei de chegar tão tarde. Exceto as sextas-feiras, que enrolam para conferir 20 páginas que na verdade são 10. Sempre. Mas, como ia dizendo, entre umas saídas e outras, aproveitei e fui a dois shows incríveis.

O primeiro rolou lá no parque da Independência. Foi massa. Gravação do programa Altas Horas - Tributo a Adoniran Barbosa. A cantora da noite, pra mim, foi a Zélia Duncan. Uma voz fudida. Um pouco parecida com a minha, só que mais trabalhada no sentido musical. Hahaha.
Não bebi muito nesse show. Mas teve gente que sim. Bem mais que eu. “Adoniran está lá? No palco?” Claro, querida. Sentadinho ali, está vendo? Acena! Acena que ele é super simpático e é capaz de te mandar um beijo. Francamente...

Teve também Gabriel, o pensador. Massa. Está lançando CD e já gostei da música de trabalho. Fala de coxa e mulher. Fica a dica por que aprecio o trabalho desse grande artista. Hahaha.

Gosto muito de Gabriel, pena que a galera o taxou só como o cara do “Loira burra” e não conhecem metade de suas músicas e escritos. Que são incríveis. Gabriel é tão gente boa que parece até ser paulista. Alouca!

Jeito Moleque, Bruno & Marrone e Maria Rita também passaram por lá. O palco estava lindo. Um super trabalho de arte. Fazia tempo que eu não ia a uma gravação, ainda mais ao ar livre. Me lembrou dos tempos do Programa Livre, que assistia antes de ir pra escola e achava uma babaquice aquele bordão “volta... já!”. Que dura até hoje. Pude ouvir de perto e comprovar.

Comprovei também o que já sabia. Não adianta trazer essas cantoras da "nova safra brasileira" pra cantar para o povão. A galera não entende esses agudos. Esse sofrer. Que só elas têm e se acham as artistas. Vanguardistas de não sei mais o quê. Se acham. Sem ser porra nenhuma. Apenas são. Querem ser diferentes, mas, no fundo, são cópias das cópias. De outras. De lá de fora. Ou daqui.

Tudo isso porque o show rendia bem até a infeliz da Ana Cañas inventar de misturar uma guitarra desafinada, somada a uma voz sem sal, numa música de Adoniran em que ele deve ter se revirado na tumba de tão inconveniente e péssima que foi a performance da moça. Sério. Não é exagero. Foi uó mesmo. Melhor pensar duas vezes antes de aceitar convites de shows em que seu público nem lotaria o gargarejo. Fica a solução.

Depois de um show ao ar livre no vasco, ou seja, na faixa, me rendi aos encantos do capitalismo e parti para o: 1º Festival de Música Popular Brasileira. Com Maria Rita (obvio!), Zeca Baleiro, Nando Reis e Jorge Ben Jor.

Foi do caralho. Tirando, claro, a parte do Nando Reis. Fora "Marvin" e então me diga, se você ainda gosta de mim, porque de você eu gosto e isso não deve ser assim, tão ruim... as outras músicas dele foram uós. Sono. Quase sentei no chão e pedi uma pizza. Alouca.

Zeca Baleiro me empolgou horrores com todas. Principalmente com "Você é Má". Maria Rita dispensa comentários, daqui a pouco vão pensar que esse blog é patrociando por sua gravadora.

O show que animou quem já estava a mais de 8h em pé foi mesmo o do Jorge Ben. Me senti em Copacabana ou em adjacências cariocas. “Ela é gostosa”, “Trio Maravilha”, “Por Causa de Você” foram algumas das músicas que ele emendou uma na outra. Jorge é foda. O cara manda bem quando o assunto é fazer ao vivo.

Que mais? Ah, sim. O Festival, apesar de bem organizado, precisa melhorar e muito ainda. É no Anhembi, o que facilita a segurança. Tem dois palcos, o que não atrasa a entrada dos músicos. Enquanto está rolando o show em um, o outro já está sendo preparado para o próximo. Instrumentos e tals.

No entanto, pra quem ficou lá embaixo, perto dos portões, o audío deixou um pouco a desejar. Uma hora começou um coro de “aumenta o som” que parecia uma torcida organizada. Aumentaram. Mas, mesmo assim, ainda estava baixo. Bem, fora isso, tudo ótimo.

Quer dizer, quase tudo. Uma injustiça não venderam dois ou mais tipo de cerveja. Só Antártica, subzero ainda. Pior: a 6 reais a lata! Ah, vai tomar no cu. Ingresso já é mó bica. E aí me vendem uma lata por 6 contos? Quase tive um infarte no miocárdio e uma falência múltipla no bolso.

Mas... tudo bem. Não sou do tipo que precisa de bebida pra se divertir. Com ou sem a cevada, do meu lado, a diversão é quase (com) provada.