Várias Coisas Pra Fazer

30 novembro 2010

Mário é Foda.:

Gosto do Mário Bortolotto pra caralho. Leio sempre, assisto quando posso e ouço quando dá. Me identifico com várias coisas que ele escreve/fala. Sério. O cara é genial justamente por ser humilde naquilo que faz. É aquela coisa, quem deveria se achar por ser, não se acha. E eu acho isso ducaralho.

"Minha maior qualidade é admitir que tenho pouquissimas qualidades..."

23 novembro 2010

2 ponto 4.

Vixe! vai pensando... Faz uma, duas ou sei lá quantas semanas que fiz aniversário e nem postei aqui. Sacomé, a vida tá corrida. Mas eu estava um pouco parada. Essas mulheres, né. Essa mulher. Essa vida. Que me deixa e volta. Vai e fica. E enfim. Hoje estou mais animadinha. Então, ao Word!

Odeio fazer aniversário. Não pelo fato de ficar mais velha, isso é de boa, continuo com espinhas e cara de 16 anos. Um charme! O fato é que não gosto mesmo. Desde que minha avó se foi, comemorar o aniversário é desnecessário. Em São Paulo, então. Meu cristo! Na época da Carol, sempre ia pra praia. Ou algo assim.

Foi então que surgiu neste ano a viagem para o Rio de Janeiro. A Parada Gay também. Mas isso é detalhe. Ou não. Graças a Parada Gay do Rio, na qual super tive que trabalhar, fiquei num bairro hypissimo. Visconde de Pirajá, em Ipanema, meu bem! Lá, até os cachorros andam de salto. Juro.

Daí que a Parada nem foi pálio para o super evento que aconteceu no dia 13 de novembro no apartamento 802. Na verdade, o pós aniversário foi bem melhor. Causamos, como diz os paulistas da gema. Mas isso não importa. O que valeu mesmo foi a presença dos meus amigos. Que pra mim valem muito. Sempre. Lembra aqueles? Os de bar? Então. Foram todos. Ou pelo menos quase todos.

Antes de discorrer sobre as festas. Vale lembrar que o Rio de Janeiro continua lindo... Obviamente, não me atrevi a fazer nenhum passeio de turista. Cara, não curto. Esse negocio de “vá ao Rio, veja o Cristo. Ande no Pão de Açúcar”. Na boa. Isso não é pra mim. Odeio filas. E não gosto de altura. Gosto de me sentir uma nativa.

Foi minha segunda vez ao Rio. Gostei das duas. Mas confesso que aproveitei mais desta vez. Ipanema só tem mulher bonita. Sério. Não vi uma guria feia no bairro em que fiquei, a não ser eu mesma destoando o cenário maravilhoso. Das cariocas.

Na virada do meu niver fui à Lapa. Puta lugar. Curti mais do que a Farme. Na Lapa rola de tudo e até altas horas. Mistura gente e música. Funk, negro, pagode, branco, samba, turista e cariocas. Lembra um pouco a rua Augusta. Ta aí minha afinidade com o ambiente. É perfeito. A galera fica bebendo na rua. Forma um grupinho. Toca um samba. Quem preferir entra pros barzinhos, baladas e afins.

Já o problema da Farme, ou melhor, dos cariocas (menos os que vão à Lapa, creio eu) é a hora! Dormem cedo. Muito cedo. Três horas da manhã recolhem as mesas dos bares. Já fui logo divagando que carioca é tudo baunilinha. Mas aí lembrei da praia, do corpo sarado, do menino do rio, do calor que provoca arrepio... Carioca é do dia. Da malhação. Do calor no coração. Nada de boemia. Que pena! Hahaha.

Sendo assim, fica a dica: abasteça a sua geladeira. Por que quando o relógio marca 3 horas, é difícil achar um bar/boteco aberto próximo aos arredores. Foi mais ou menos isso que fizemos. Faltou cerveja. E aí saímos no meio da noite (repetindo o meu mantra: vou achar cerveja nem que for no inferno!) e graças a nossa senhora do bom gargalo conseguimos umas Long Necks.

No meu aniversário colou uma galera que eu nem conhecia direito. Mas interagi, pelo que (vagamente) me lembro. No dia seguinte, foi o melhor. Rolou um baile funk. Depois uma espécie de micareta. Axé. Depois senti que a Trash 80 abrigava aquele ambiente e relembramos clássicos da música POPular Brasileira.

Fiz o setlist mais original do Diana's Music. Foi a melhor festa! Fiquei tão “feliz” que até me esqueci das ligações que não chegaram e da mensagem só para cumprir protocolo.

Vale lembrar que, além da cerveja, diversas pessoas fizeram parte da minha alegria no dia do meu niver e nos outros em que passei no Rio. Will, a minha bicha preferida dentre tantas, me deixou com o coração na mão quando entrou naquele apê mostrando todo o seu visual de Capitão Nascimento pra me dar um abraço e logo se acomodar por lá.

Bianca, que logo no inicio provou toda a malandragem carioca, chegou lá mostrando que nosso casamento ainda tinha uma chance. Marcelo, esse filha da puta do caralho que não sei como aprendi a gostar e me tornei amiga, fez e faz minhas noites mais divertidas. O senhor Regis Olivar, com toda a sua descrição para evitar problemas futuros, também se aventurou a viajar ao lado da mala aqui.

A única carioca no meio dos "paulixtas", Juliana, que me presenteou com maravilhosos brigadeiros de panela enquanto só tinha tinha cerveja, amendoin e batata Ruffles na minha festa! Sofisticação pura!

Fora estes que estavam presentes, teve também os 'ausentes' que me ligaram, enviaram torpedo, email, twitte, sinal de fumaça e me desejaram mais juízo, como sempre.

Lívia foi a primeira ligação do dia. Acordei sem saber aonde estava e já logo ouvi um: tava nanando? Bebeu pra caralho ontem, né? Sem dúvida, não dá pra enganar quem já me aguentou por um ano e pouco. Falou tanta coisa bonita, que compensou tudo que não disse durante o namoro. Hahaha.

Em seguida, Dani me liga já querendo fazer inveja: Parabéns, Di. Lembrei, viu, e estou na praia, gata! Oi? E eu estou no Rio, meu bem! Acabaram-se os créditos do celular. Óbvio. Recarreguei. Sabia que receberia mais ligações. Bruna, essa pessoa super agradável e sociável em minha vida, já ligou falando: você não merece meu interurbano, mas enfim: parabéns. Que doce, gente!

Gil e Diegão também marcaram presença. Vitão, meu filho, pediu mais de mil vezes pra descer até a casa dele uma vez que eu falava que estava na praia e ele entendia “praça”. Um parto! Karen e Mayara, sempre juntas porém tão distantes, deixaram pra me dar parabéns nos últimos minutos. Duas biscas, como sempre!

Nayla, meu xuxu, me mandou um email tão fofo que se alguém quiser saber como sou, pergunta pra ela. A bichinha me conhece mais que eu! Apesar de já ter me contentado com o texto, aos 47 do segundo tempo me chega a mensagem da Manu. Pra cumprir protocolo, que eu sei.

Quem mais? Além de familiares e colegas de trabalho, claro. Se fosse citar todos, daria mais de uma página de word. Ah! Carolini lembrou do meu niver, mesmo com alguns dias de atraso. Antes tarde do que nunca! Já diria alguém, que deve ser mais velho que eu. Uma vez que só tenho 24 anos. “A idade da decisão, di”, disse meu primo, o Igor. Mal sabe ele que já decidi.

Faz tempo!

06 novembro 2010

Por Suposto.:

De repente pensei: e se ela não voltar? Sei lá. Ela é louca. Já morou em tantos lugares. Não... ela volta. Lá é pequeno demais. Ou não. Talvez ali seja o seu lugar. Só que ela ainda não sabe. Bom, eu que não vou avisar. Já avisei tanta coisa. Pareço sua mãe. Ou irmã mais velha. A diferença é que há tesão.

Em compensação, muito desencontro. Muita paciência. Da sua parte, claro. Sou um poço de grosseria. Não é, Diana, é só o seu jeito. Jeito que me fez ficar na frente da sua casa até as 6h da manhã e você nem pra descer pra me dar um mísero “oi”. Jeito que me fez descer a Augusta atrás de você ser assaltada sair correndo cair e ouvir apenas um: jura?

Juro. Tô sempre jurando que não vou fazer mais isso ou aquilo e sempre faço as mesmas coisas. Só que um pouco mais. Melhores ou piores. Galera vive julgando. Cuidando da minha vida. Porra, tanta revista Ti Ti Ti por aí. Leiam. Não precisam ficar me sondando:
está amando, Di? Tá feliz? Ela é bonita?

Não porra. Ela é horrivel. Não tem os dentes da frente. É careca. Pesa duzentos quilos (até aí, normal, costumam dizer que gosto mesmo é de gordinhas) e não é nada simpática. Aliás, nem sabe escrever. Muito menos ler. Tem um péssimo gosto musical. Curte Calipso.

Me irrito com a curiosidade alheia e com a falta de noção também. Ultimamente tenho me irritado com tudo. Adorava xavecar (não tem outra palavra não? acho essa tão cafonalha!) no MSN e hoje acho um porre. No meu último namoro tudo começou por ali. Quase tudo.

Era um xaveco atrás do outro. Eu escrevia pra caralho pra tentar ganhar alguma coisa que fosse mais que um “você é engraçada”. E achava isso legal. Ela escrevia pouco e eu achava isso um saco. Com o Will também. Sempre foi assim. Não que eu o xavecasse. Capaz! Só numas que sempre escrevia pra caralho e ele vinha apenas com uma linha. Isso era frustante.

Hoje, se alguém me escreve mais que quatro linhas seguidas, já acho tudo um porre, fico com preguiça de ler e dou ESC. Ou leio só a última frase. Porra, quer desabafar escreve um email. É melhor. Ou mais ainda: me paga uma cerveja. A gente senta na mesa e pronto. Sou toda ouvidos. Com três copos, faço qualquer fossa passar. Sou boa em elogiar.

E o que as mulheres mais gostam nessa vida? De elogios. Todas. Sem exceção. Quer dizer, eu não gosto muito. Sempre acho falso quando neguinho vem pro meu lado e diz: você é linda. Ah vá! Linda é a Claudia Leitte, fia. No mínimo sou simpática. E sortuda. Por ter (quase sempre) mulheres lindas ao meu lado. Sortuda MESMO. Por que, dinheiro? Não tenho. Carro? Muito menos.

Antigamente achava que algumas mulheres eu só conseguiria pegar quando tivesse um carro. Pause. Volta. Cena 1. Faculdade. Aula de História do Jornalismo. Dani e suas coxas. Era só nelas que pensava. Mentira. Nelas, na minha carta e em mais algumas outras. Coxas. Se não arranjasse logo uma chave que não fosse as da Papaiz nunca iria conseguir pegar aquela menina.

Mas, a sinceridade sempre andou comigo. Bem antes da sorte. Chegava e mandava: Dani, espera só comprar um conversível. Um Honda Civic. Que aí você vai ver com quantas Dianas se faz uma boa foda. Ela ria, óbvio! E dizia que não era Maria Gasolina, muito menos interesseira. Mas (sempre ele!) um carro facilitava, sim, as coisas. E não seria hipócrita de dizer que não.

Hipócrita ela não era mesmo. Interesseira ainda tenho cá minhas dúvidas (brincandeira, Dani). Play. Volta. 2010. E aquilo que já era de se esperar e é motivo de saudade pra mim: umas boas ficadas com a Dani no currículo. E aquilo que não é surpresa pra ninguém e motivo de vergonha pra mim: ainda não tenho carro!

Ou seja. Não estou generalizado todas as mulheres Maria Gasolinas na Dani. Jamais. Fiquei com muitas depois dela. Muitas mesmo. Gasolinas. Que quando eu contava que morava na Zona Leste já avisavam: longe, hein. Você sem carro, fode. Fodia mesmo. Em qualquer esquina, já que o problema era a distância. Não perdiamos tempo andando de metrô!

Por isso, com o tempo e a experiencia adquirida, fui percebendo que você não precisa de um carro pra pegar uma mulher. Mas, para manter uma mulher, sim. Entenderam a sutileza? É a vera que tô lhe dizendo, na moral. Vem comigo no pensamento.

Se você ama a garota, mas o seu relacionamento tá fudido, se ela te xinga todo dia e o sexo está uma merda, a pergunta que te faço é: por que ela ainda não te largou? Você (burra/o) responde com outra pergunta: Por que me ama? Pode até ser. Mas se você tiver um carro e esse carro fizer parte da vida da garota. Leva ela na faculdade, cabeleireiro, baladas e afins... Esqueça, minha amiga! Amor de cu é rola. O que ela ama é sua habilitação.

Estou cansada de conhecer casos assim. É tão comum quanto minas que querem dar pra mim (foi só numas de me rimar, gente!) Ela só vai te deixar quando achar outra otária que tenha a mesma disposição que você. Que a leve pra lá e para cá. Que pare com o carro em frente a porta de casa enquanto o Pan Pan Pan Americano grita no último volume!

Por isso, te digo: se você tem uma mulher bonita ao seu lado e não tem carro: respeite-a. Ela te ama. Sou prova disso. No meu outro namoro (calma, só tive dois!), eu saia do conforto da minha casa, pegava o metrô, um trem e um busão. Se aquilo não era amor, só podia ser burrice. Como não sou tão burra, fico com o amor.

Mas por que cargas d'água (meu sonho é usar essa expressão ao vivo com vocês! escrevendo fica muito literatura brasileira não é mesmo?) esse texto veio parar nesse assunto? Puta que pariu!

Viajei geral e nem bebi. É. Hoje nem bebi. Sei lá. Algo estranho aconteceu. Ela viajou. E mesmo que a gente viva sempre nesse desencontro. Nessa coisa louca. Com ela em São Paulo, eu sabia o que queria e o que não queria.
Sem ela, não sei.