Várias Coisas Pra Fazer

13 dezembro 2006

Esporte.


Eu considero o bilhar um esporte. Logicamente um esporte para as pessoas de raciocínio afiado, não é só simplesmente acertar a bolinha branca na bolinha colorida com a intenção de encassapa-la, não... O bilhar exige muito mais que isso, exige dinamismo, categoria, habilidade e conhecimento em geometria!

Nesse aspecto de jogatina eu sou uma pessoa de sorte, sempre me dou bem em jogos que não exijam muita força física, pois desse produto (força física) eu sou totalmente desprovida! Palitinho, baralho, dominó, banco imobiliário, jogo da velha, forca, stop, jogos do Gugu, tipo passa ou repassa, até aquele jogo de piscar sabe? Detetive! Isso, detetive, eu sempre era o ladrão, matava todas as vitiminhas... Isso lógico depois que eu aprendi a piscar com um olho só, mas isso não vem ao caso agora, o fato é que não havendo trapaças no jogo (eu odeio trapaças principalmente quando eu não sou a mentora) eu sempre ganho!

Confesso que o bilhar não é um dos esportes mais cansativos, é prazeroso. Enquanto joga, você pode dar umas tragadas no cigarro, umas bitoquinhas na cerveja, uma petiscada nas batatinhas com cebola... É uma gostosura de atividade física!

Brincadeiras a parte, eu acho (só acho) que estou meio sedentária... Talvez porque eu só ande de metrô, só corro quando é pra fugir de alguém, de sábado e domingo quando não saiu pra gandaiar (como dizia minha avozinha) passo o tempo todo em frente ao computador, escrevendo essas besteiras, com um copão de toddy do lado e um pacote de bolacha!

Talvez eu precise de um esporte que exija mais da minha pessoa, que me faça suar e tomar água de minuto em minuto naquelas garrafinhas de atleta, tipo gatorad sabe? Um esporte digamos mais competitivo...

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Domingo fui andar de patins no parque Villa Lobos, é claro que saí de casa com a intenção de ir ao parque e chegando lá me jogar na grama, torrar no sol e ficar apenas olhando as pessoas felizes e contentes se divertindo com o verde da natureza, mas, por livre e espontânea pressão eu fui obrigada a andar de patins! Deveria ter doído no bolso, 6,00 reais a hora! Mas não, o negócio pegou mesmo foi nas minhas pernas, doeram horrores depois de ficar dando voltas e voltas no parque todo. E, sim isto é uma reclamação!

Dos males o pior, pelo menos eu não cai... Pensei até em voltar a andar de patins, faz bem para o condicionamento físico mas teria que ser nos finais de semana... No sábado seria perfeito! Ah, pera, as vezes eu trabalho no sábado de manhã. A tarde... a tarde tenho cabeleireiro, mais tarde manicure... No domingo... É, no domingo eu não faço nada de manhã, pelo menos não que eu me lembre agora!

Só não posso esquecer de uma coisa, se for mesmo andar de patins no domingo preciso me lembrar de acordar cedo...
Hum...

O parque Villa Lobos fecha que horas mesmo?

01 dezembro 2006

Veja Essa.


A edição da revista “Veja São Paulo” do dia 15 de novembro, trás uma matéria de capa sobre a taxa de homicídios em São Paulo, taxa, que segundo o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) caiu em 52% na cidade em cinco anos. Foi no ano de 2000 em que se registrou o maior número de assassinatos na cidade,cerca de 5.327, quase quinze mortes por dia, já em 2006 o número foi para 1.134 com média de sete mortes por dia.

A matéria mostra ainda os perfis de quem mata e quem é morto, os motivos mais freqüentes, os locais, etc. Apresenta ainda maneiras para se reduzir o crime, como melhorias nos sistemas de inteligência da PM, patrulhamento na ruas e sem dúvida prender e manter o preso na cadeia, o que me parece ser o mais difícil em São Paulo.

O mais interessante é que mesmo com essa redução da taxa de homicídios, a segurança de São Paulo ainda deve melhorar e muito, visto que três repórteres e três fotógrafos da Veja acompanharam durante um final de semana os peritos e delegados do DHPP e registraram 14 mortes, entre elas de duas mulheres.
Até o fechamento da edição apenas um homicídio havia sido esclarecido, o linchamento de um flanelinha que teria tentado estrupar uma moradora do bairro, o culpado se apresentou a policia e está preso.

Uma das mulheres mortas no final de semana, foi uma senhora de 63 anos, dona de casa, morta com quatro tiros as 10h da manhã, a policia acredita que o alvo era apenas seu vizinho morto com dois tiros após sair de casa até o portão pois havia escutado um barulho.

Apenas uma de 14 mortes foram esclarecidas, as demais apenas suposições dos motivos para os homicídios, como por vingança, envolvimento no tráfico, briga de torcidas... Não a suspeitos, todas as mortes a tiro, a sangue frio e ninguém sabe nada, descobre nada, ninguém viu. Olhando as fotos na revista, o sofrimento está estampado na cara dos familiares e mesmo os que sabiam que seu ente poderia estar envolvido no mundo do crime, pareciam não acreditar no que estava acontecendo.

Eu gostei muito dessa matéria da Veja, o acompanhamento dos repórteres com os peritos, das dificuldades que enfrentaram em conseguir fotos das vitimas, das entrevistas com os investigadores... Gostei bastante. E eu nem gosto da Veja, mas uma vez ou outra bem rara tem uma coisa pertinente. Nem sei quanto custa uma Veja, é mais cara que a Capricho? Meu chefe é assinante da Veja e da Contigo, então entre ler uma ou outra, eu fico com a Veja né!

Mas eu fiquei indignada com uma parte da revista e foi por isso que resolvi escrever este post. Na última página tem espaço para os cronistas que se alternam entre Ivan Ângelo, que eu não faço a menor idéia de quem seja, mas que escreve razoavelmente bem até, rs, e do Walcyr Carrasco, que pela primeira vez que li achei que fosse aquele autor de novelas espíritas, tipo aquela “Alma gêmea” da Globo, bem, na segunda vez que li, tive certeza de que era ele mesmo, porque tinha uma fotinha do dito cujo ao lado da crônica, e eu reconheci pois já o tinha visto nos programas dominicais da vida... Enfim, julgando o por suas crônicas pra mim ele continua sendo um bom autor de novela e olha lá!

O fato é que na mesma edição da matéria dos homicídios, este Walcyr Carrasco escreve uma crônica com o título “Meu Cachorro”, relatando que seu cachorro está doente, ou seja, praticamente com o pé na cova, sei, e?
Tá, ele quis demonstrar o amor que temos pelos animais e como o cão é um amigo verdadeiro, companheiro e fiel. Sem dúvida é muito triste perder um animalzinho de estimação a crônica estava suportavelmente até agradável.

Mas na edição seguinte da “Veja São Paulo” no espaço “Opinião do Leitor”, obviamente tinha as opiniões dos leitores e um quadro com os assuntos mais comentados da edição anterior, e adivinha qual foi o assunto mais comentado da edição sobre os homicídios?

Isso mesmo, Walcyr Carrasco, com a crônica “Meu cachorro”. Realmente, ou o cara escreve muito bem, ou as pessoas agora estão muito sentimentais aos nossos amigos quadrúpedes!
Por favor, não me achem uma pessoinha sem coração, eu sei, eu sei, o cachorro do cara esta doente, pô, 14 anos de convivência, realmente é muito triste perder um animal. Mas francamente e os homicídios? E as famílias, os filhos que perderam seus pais em um domingo e nem sabem e acredito que nem vão saber o porque.

De nove comentários da “Opinião do Leitor” apenas dois foram dirigidos aos assassinatos em São Paulo.
Já para a crônica...

Tendo o luxo, se isso for um luxo, o comentário de Maitê Proença:

"Linda a crônica de Walcyr Carrasco sobre o Uno. Espero que ele esteja em paz."

Para mim ela só quer mesmo é uma vaga na próxima novela do autor!