Várias Coisas Pra Fazer

29 janeiro 2008

Pérolas.:

Gançando a conversa alheia:

- Eu sei porquê chove tanto em São Paulo, sabia?

- Sabe?

- Sei..

- Diga, então.

- Em São Paulo tem muito nordestino, não tem?

- Tem...

- Então, por isso.

- Como assim?

- Quando eles estavam lá no Nordeste, rezavam horrores pra chover e molhar a terra... Aí eles vieram pra São Paulo e só agora Deus resolveu atender a prece dos coitados! Deus é lerdo. É como a justiça, tarda mas não falha!

- É, faz sentido...

- Claro que faz!

- Um pouco, mas faz.

Ele achou melhor não contrariar... Eu teria feito o mesmo!

23 janeiro 2008

Picuinha.:

Pode parecer meio clichê, mas é verdade, a vida é feita de altos e baixos. Tem horas que estamos lá em cima e em outras no buraco do rato. O que acontece, sempre entre esses dois momentos, é a falta de memória. Quando se está “up” se esquece que muitas vezes já esteve “down”.

Onde eu quero chegar com está história? Não sei... Mas fico pensando como é fácil ser uma pessoa bem aceita em qualquer grupo de pessoas, seja com amigos, familiares, conhecidos, colegas etc. Estar sempre por dentro, participar, ser levado em consideração, ser convidado para festinhas, baladas, ou seja, fazer o social e, fazer bem feito, sendo uma pessoa extremamente agradável a quem lhe convém.

E a quem não lhe convém? Simples, geralmente estas pessoas se enquadram no buraco do rato, estão em um momento down de suas vidas, então, o que lhe vale ser agradável, atencioso, ou, ao menos gentil com elas?
Nada. Quer dizer, vale muito. Vale sua reputação, ou melhor, o seu status. Se envolver com alguém de reputação ruim irá refletir drasticamente no seu status e isso seria o fim para alguns, é claro.

Muitos agem a vida inteira dessa forma, sendo esnobes, se achando “cool” e, só percebem que este comportamento é tão pequeno quanto ao fato de excluir uma pessoa, quando se encontram em alguma situação parecida, por exemplo, a de exclusão ou falta de, digamos, consideração.

Eu mesma já estive nessa fase de me achar, como dizia minha avó, de me sentir com o rei na barriga. Nariz empinado, onde tudo sabia tudo fazia e nunca pensei que precisaria de certas pessoas que, pra mim, não faziam a menor diferença. Eram o mesmo que açúcar no toddy.

Até que um belo dia o cuspe caiu na cara. Senti nojo. Nojo de minhas atitudes.

Aprendi, ou melhor, estou aprendendo que ao meu redor existem diversas pessoas chatas, chatas pra caralho. Bizarras eu diria, mas que excluí-las ou não tratá-las com respeito não me acrescentaria nada, a não ser picuinhas e rabugices.

É difícil conviver com pessoas que não nos agradam, tolerar não é o mesmo que suportar. Assim como respeitar não é o mesmo que concordar. Portanto, mesmo que eu não concorde com determinadas idéias, não faça parte de um determinado grupo o que viso é o respeito. Cada um cada um. Eu aqui, você aí e tudo certo.

16 janeiro 2008

A chuva, o filme e o piercing.

Ontem eu estava bem disposta para ir ao salão fazer aquele topete mostro, vulgo escova, chapinha, unha e afins. Mas a chuva veio e o metrô alagou... Sim, alagou. Alagou de gente por todos os lados, então, desisti.

Se estivesse com a minha scooter amarelinha tudo seria mais fácil, ou não. O capacete iria amassar meu topete, em compensação, não precisaria de guarda chuva. Sem a scooter (que não tenho, ainda!), metrô um caos, fui até a Reserva Cultural... Quem sabe um filminho?

Em Paris. Bom filme, no início parece ser meio chato, mas não é. Chato é o costume de assistir somente filmes hollywoodianos com atores americanos. Costume que, com o tempo, causa estranheza e depois se torna admiração. Pra mim, pelo menos, soa bem mais bonito e poético ouvir um “Je t'aime” do que um “I love you”. Gosto é gosto. Pão é pão queijo é queijo.

Por falar em gosto... Acho de muito bom gosto se colocar um piercing. Não no umbigo, eca. Mas na boca, ou melhor, no lábio. Eu até colocaria um, quer dizer, eu quero colocar um. Mas como quero evitar a fadiga, queria um de pressão... Sem dor, sem sangue e sem ai's.

- Pressão?
- Isso... Piercing de pressão, tem?
- Tem, tem sim. Pressão da agulha!

Eca. Que gente mais rock roll. Só porque eu queria sair por aí pagando de “gatinha” com meu piercing fake, neguinho vem me zoar!

Cadê a solidariedade aos que se cagam de medo de agulha, cadê?

12 janeiro 2008

Só Pra Constar.:

Mãe versão 2008. Ela descobriu, ou melhor, acha que descobriu que cebola afasta formigas! É claro que, este experimento, ainda está em fase de testes. E adivinha onde é o laboratório?
No meu quarto. Exatamente... minha mãe decidiu espalhar cebolas pelo meu quarto em combate as formigas que vivem assolando o chão, os móveis e até a minha cama.

Pergunta que não quer calar: Funciona?

Claramente, que não! Para ajudar, nessa semana tive um crise de choro compulsivo por causa dessa tal coisa chamada "amor", aí então, as cebolas só ajudaram, ainda mais, com que as minhas lágriminhas não parassem nos olhos!

Mas agora já estou até me acostumando com as tais cebolas... Nem piso mais nas coitadas assim que levanto, desvio direitinho, evitando uma pasta acebolada no meu chão!

O que me preocupa no momento é que se minha mãe descobrir que o seu tal "experimento" não está tendo resultado algum, ou seja, que as formigas continuam passeando como se meu quarto fosse o próprio jardim de um formigueiro, qual será o próximo passo? Batatas espalhadas pelo chão? Não... batatas ela coloca sobre a testa para dor de cabeça! Alho? Limão? Não. Limão também não, ela já tentou e foi aí que passou para as cebolas.

Medo. Minha mãe me causa medo.

Meu quarto está prestes a virar uma colônia de formigas ou uma quitanda!

07 janeiro 2008

O "causo" da Revista

Andando pela Av. Paulista próximo a estação Trianon e não tão distante da estação Brigadeiro, percebo que estou sem a minha mochila da Risca que, não é o toddynho, mas é minha companheira de aventuras!

Deixei minha Risca no hospital (onde minha prima estava internada) e, sem ela por perto significa a ausência de um livro, um jornal ou qualquer atributo que propicie uma leitura descente durante o trajeto: metrô linha azul, verde, vermelha e roxa! Aliás, por que não uma linha roxa? Linha amarela, eca. Amarelo é uma cor tão... tão...tão amarela!

Continuemos, ou melhor, eu continue andando pela Paulista pensando que ao chegar no metrô, dentro do vagão teria que ficar olhando pra cara dos outros e os outros olhando para minha cara de “tá olhando o quê?” Aí pensei, estou com um dinheirinho no bolso, então, vou comprar uma revistinha qualquer já que estou sem os meus pertences literários!

Parei na banca. Quem sabe uma Capricho? Rá. Até parece, depois de pagar só dois reais na Menisquência, nunca mais pago cinco e pouco em uma Capricho. Inclusive, o Will – o eterno adolescente – compraria e, sem dúvida, me emprestaria para ler a coluna do Antônio Prata, que ultimamente é só o que vinga na revista.

Dei uma olhada ali, outra folheada aqui e nada. Queria levar a Piauí, mas os trocados (ou seria miúdos?) dentro do meu bolso não me dava esse luxo. Vi, então, o Füher - Adolf Hitler - na capa de uma revista sob o título de “O nazismo Oculto”. Opa, vou levar esta. Bati o olho rápido: Ano 1, é nova, 4 reais e 90 bem cabível!

Peguei o troco sem conferir e enfiei no bolso. Desci pro metrô, contente e saltitante com minha revistinha à mão. Antes, comprei uma garrafinha de água, um real e cinqüenta centavos a bendita, que absurdo! Mas a sede era muita. 2 reias e 30 é o que preciso para entrar no vai e vem sobre os trilhos que me leva pra casa. Epa! Peraí, mão no bolso de novo, caça moedas e nada. Como assim? Só resta 1 real e 60 dos meus miúdos!

Vamos aos cálculos: 10 reais, menos 4 e 90, revista, menos 1 e 50, água. Igual a 3 e 60. Me passou a perna o jornaleiro, espertinho!

Voltei lá. Nesta hora, aprendi que burros e idiotas, como eu, ainda caem em golpes marketeiros de diagramação. Ele, o jornaleiro, me mostrou que em cima do valor 4 e 90 estava o 6 e 90. A diferença, tirando o valor de um e de outro, é que 6 e 90 estava acompanhado de um R$ e o 4 e 90 de um €. E, como não estou na Europa, obviamente foi me cobrado então em Réaus.

- Então... Tenho que devolver a revista.

- Vixe, sério menina? Aí fica difícil hein... Porque ela vem embalada e você já rasgou o plástico.

- Puts... É mesmo. Mas é que preciso voltar pra casa e só tenho 1 e 60 no bolso. Faltam 70 centavos pro bilhete do metrô...

- 70? Peraí, te arranjo vai...

E foi assim que um jornaleiro ajudou uma pobre estudante de jornalismo metida a intelectual a voltar pra casa!