Várias Coisas Pra Fazer

30 janeiro 2011

Qualquer Coisa Assim.:

Mas na manhã seguinte. Você não conta até vinte e se afasta de mim. Por que já não valho nada. Sou página virada. Descartada do seu folhetim.

27 janeiro 2011

Os Comédians.:

Já vou logo avisando: esse post talvez seja um tanto quanto preconceituoso. Mas e daí, quem liga? Pelo menos não estou dando luminária em ninguém. Portanto, adiante.

Ao longo dos meus 24 anos percebi que nunca fui “modinha”. Na época da escola, o lance era fumar, usar piercing, ter uma banda de rock e beber. Passei 22 anos sem colocar uma gota de álcool na boca. Morro de medo de agulha, até hoje não consegui fazer uma tatuagem, que dirá colocar um piercing. Banda nem passou pela minha cabeça. Até cheguei a tentar um violão, depois guitarra. Mas era solo. Quieta no meu quarto, com um caderno do lado e um espelho tentando acertar a mão no braço. Pra ver se saia um lá. ci. dó.

Sendo assim, devo ter sido chamada de baunilinha, o que hoje é o novo "frouxa", por um bom tempo. Sim, eu era uma pessoa baunilinha e não fazia parte das modinhas. Veio a fase dos Rock Roll. Andar de preto. Pulei também. Sou magra, preto emagrece e apesar da gente querer sumir em uma determinada fase da adolescência, preferi continuar existindo com os meus 45 quilos. Sem mais, nem menos. Sem preto.

Daí veio a fase das redes sociais. Ou melhor, da rede social menos favorecida hoje em dia: Orkut. Antes disso, já tinha relutado bastante em ter MSN. Hoje, já posso dizer que não sei o que seria da minha vida sem um contato online. No entanto, devo frisar que também passei batido na modinha do ICQ. Um menino que eu ficava – sim, vocês não leram errado – pedia insistentemente para que eu criasse um. Como naquela época já não gostava de meninos, dá pra entender por que não tive a porra do ICQ.

Voltemos a rede social menos favorecida hoje em dia: Orkut. Pulei lindamente essa modinha. Na época, era vista como marginal: como assim você não tem Orkut? Não tendo, ué. TODOS CHOCA. Tal indignação me tornava uma pessoa excluída das rodinhas tanto virtuais como reais. Mas prevaleci, sobrevivi e, hoje, tenho um orgulho imensurável ao dizer que nunca cheguei a criar um perfil naquilo que hoje entrou para a história da pedra na internet.

A moda agora é o Facebook. Também não tenho a menor pretensão de ter um. Posso até profetizar, se fosse algum expert nesses fenômenos virtuais, dizendo que o Facebook irá sucumbir igual o Orkut daqui alguns anos. Logo surgirá uma rede social mais moderna, mais luxuosa, mas fina, mais elitizada e aí o Face se tornará passado e será tão ridicularizado quanto. Ou não. Meu negocio é letras, não tecnologia. Nota-se.

Sendo assim, estava eu a dizer que posso com certeza me definir com uma pessoa não modinha. Não sigo as tendências. Isso tem seus prós e contras. Mas não vou divagar sobre. Passando pela música, teve também o lance do forró universitário. Ok. Talvez dessa modinha eu tenha me aproximado um pouco ao comprar um CD do Falamansa. Mas foi um só. Juro.

Em seguida, tivemos os Emos. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas obrigada senhor por não ter nascido com o cabelo bom. Por que, se tivesse, era bem capaz de meter uma franja até o queixo e sair por aí cantando e choramingando esse new happy help rock do ela não me quer mais. Mas eu gosto dela mesmo assim. Que pena. Que pe ê ê ê na!

Atualmente, a moda é o Sertanejo. Essa me joguei de cabeça. Mentira. Modinha seria se eu tivesse trocado meu Allstar pelas botas da Cecília, aquela do Rodolfo. Meus jeans por couros e minhas blusas de capuz contra chuva e a favor da chapinha por chapéus de mulher de caubói rico. Não fiz nada disso. Meu gosto por sertanejo sempre existiu.

Pra mim, “É o Amor” é a música mais linda que já ouvi. Dito isso, posso afirmar que mesmo antes de Jorge & Mateus, meu coração já balançava por vem meu céu, meu pão de mel, meu bem querer de Zezé di Camargo e Luciano e os me amarrei de Daniel.

Passando ilesa por todas essas tentações do mundo modernístico, venho aqui manifestar meu repúdio a todos que passaram a frequentar a Rua Augusta depois de lerem na Folha, no Uol, na puta que o pariu, que lá é o lugar mais democrático, underground e badalado de São Paulo. Não, não é. A Rua Augusta é a Rua Augusta. Ponto. Se você não entende isso, não vai querer conhecer.

Lá já fui assaltada, já fui xingada, já fui expulsa. Já fui tudo. Menos puta. Não que ainda não dê tempo. Enfim. Não se enganem ao pensar que lá é o melhor lugar do mundo para desfilarem os seus carrões, explodindo com os pan pan pan americano. Não, porra! A rua Augusta só é a rua Augusta, a “cena noturna mais balada da cidade de São Paulo”, simplesmente por que vocês, Mauricios e Patricias, não vão pra lá!

Lá não vai dá pra andar em bando com suas camisetas polos e shotinhos tipo mini saias e salto alto. Vocês não serão benvindos. Não é preconceito, é só um toque. Vocês não vão gostar. Tem gente estranha. Tem bêbado. Tem gente vendendo bebida em garrafinha de plástico, skol em isopor. Tem calçada esburacada, linda. Vai deixar preso lá o seu Louboutin? Que judiação! Vai deixar seu carrão ser riscado pelos muleques que cheiram cola na Peixoto Gomide? Jamais. Então: VAZA!

Toda essa minha revolta não é de hoje. Mas se tornou maior quando resolveram criar ali, um pouco acima do baixo, a porra do clube/bar/teatro COMEDIANS. Tomar no meio do cu. Não que eu não goste de stand-up. Nada contra. Até gosto, se for de graça. Mas o fato é a merda que se transforma aquela rua em dia de “espetáculo”. Fica uma fila imensa. Uma galera contraste. Tomando ICE, falando no celular, com bolsinhas a tira colo e ocupando TODA A CALÇADA.

Quer ir pro Bar da Locâ? Quer descer pro Netão? Quer dar uma sinucada no Pescador? Desça então pelo lado esquerdo da calçada, porque o direito está in-ter-di-ta-do por uma porra de uma fila cheia de gente que te olha torto, só porque você passa reto e ainda ri. Mas ri muito. Mais do que se estivesse numa apresentação de stand-up. Olha os Comendians, aí! Tem como não rir de quem vai à Rua Augusta e quer tratamento Classe A?

“Adorei o Comendians, pena que fica na Rua Augusta”, pena mesmo minha filha. Pena de mim. Pena de você. Pena de nós. Afinal, tem que ser muito Comendians pra abrir um clube de comédia na rua Augusta pra um público de Vila Olímpia. #FAIL.

19 janeiro 2011

2011: Eu Já Sabia!

(Escrevi esse texto no dia 3 do 1. Mas aí faltou tempo sobrou preguiça e estou publicando agora. Ou seja: fatos são sempre passados. Ou não).

Maluco, nem bem começou 2011 e já aprendi lições para o ano todo. Sérião. Primeiro, devo admitir que minha alma, energia, áurea e afins estava tão pesada, mas tão pesada, que só isso explica o quanto choveu na virada do ano. Velho, choveu bagarai! Uma chuva torrencial. Dava umas paradinhas, e você pensava: pronto, acabou. Cê jura? Voltava de novo e de novo. Cada vez mais forte.

Devia ser pra lavar a alma. Visto que só estava acompanhada de pessoas com almas iguais a minha, taí a explicação da tempestade! Fora isso, lá na praia foi tudo massa, a não ser a sensação de entrar na minha casa e em cada cômodo lembrar, ou pelo menos tentar lembrar, da Carol. Com o tempo se esquece dos detalhes. Quase já nem lembro de muita coisa. Dela. Nossa. Só quando leio.

Enfim. Durante meu mini recesso pude perceber que as pessoas não estão acostumadas com a sinceridade. Quer ser legal? Seja hipócrita. Não digo mentiroso, mas hipócrita. Saiba falar com aquele velho jeitinho, use sempre o “tudo bem”, “você que sabe, por mim tanto faz”. Tanto faz é o caralho.

Odeio cara feia. Não suporto quem se faz de vítima e não sabe conversar. Fecha a cara e não dá uma palavra. Isso é a pior característica de um ser, velho! Gente que levanta, saí andando. Que não tem argumento, me irrita! O pior é que me tornei uma pessoa assim. As vezes.

Por isso, nem discuto mais. Quer sair andando? Saia. Quer fechar a cara? Feche. Mas não pense que a palhaça aqui vai ir atrás. Mentira. Se valer muito a pena, vou sim. E por falar em valer a pena, se em em 2010 eu não estava valendo nada, que dirá em 2011. Sim, minha gente! É isso que andam dizendo por aí as boas línguas!

Treta da forte. Ou nem tanto. Sabe qual é o problema? É essa carência desmedida, essa mania de não se bastar. De sair gritando a felicidade e chorando a tristeza até para o poste da rua. Aí, de um lado ficam os que ouvem e do outro os que me odeiam. Melhor assim. Nunca fui bem quista mesmo. Tô cagando pras definições alheias. Mentira. Me incomodo. E isso é a pior merda. Se incomodar.

Num piscar de olhos, ou melhor, num período de 6 meses (mais realismo, de metáfora tô legal) fui de incrível a imatura, de gente boa a filha da puta, de genial a criança. Teve mais. Mas fica por sua conta acrescentar mais adjetivos de persona no grata a minha pessoa. Tá na moda! Vai em frente. Avacalha geral mesmo. Fale mal até da minha quinta geração. É o que liga agora em 2011!

Daí que fiquei com uma dúvida. Uma porção. A Diana incrível durou quantos meses? A Diana filha da puta deve ter durado bem mais, visto que é citada por aí até hoje. Mas, por que? Vejamos, Zequinha. Ninguém é obrigado a querer ou acertar. Por isso existe o sim e o não. Quiça o talvez. Tentei o talvez, não deu certo. Tentei o sim, também não deu certo. Tentei o não, a mesma merda. Quando parei de tentar, acertei. Na mosca! Só não sabia que a mosca era eu.

Alguém avisa que não tive culpa de se apaixonarem pela garota que disse um “boa noite, meninas!” numa sexta. Dá garota que passou a madrugada em frente a uma republica, enquanto lá dentro viajavam nas maiores ideias. Menos a de atravessar a rua. Aquela, a mesma em que saíram correndo atrás de um celular. Caíram, se machucaram. Tudo por culpa de um ciúme irracional e um orgulho imbecil.

Daí que a Diana incrível passa batido todas as vezes que apareceu em um portão às 9h00 da manhã só pra mostrar que as quartas-ferias também podem ser legais. Com uma caixa de bis branco, claro. A Diana incrível pode gostar de Justin Bieber e Roberto Carlos. Ainda dançar ao som de Beatles. E mesmo sem te levar pra jantar, pensa que talvez da Bienal você ia gostar.

A Diana incrível acordou cedo, fez convite pra um sorvete na lanchonete, mas te levou pra tomar cerveja e explicou que a Holanda era laranja e o Brasil amarelo. A Diana incrível não se preocupou com o placar, nem com o café sem açúcar, nem com o gosto amargo de Heineken e do cigarro. Mas sim com suas coxas, seu pé quebrado e com o trajeto do interior a São Paulo.

A Diana incrível reclamava da cor do esmalte, do corte de cabelo, não fazia elogios, mas te olhava como quem diz é de você que eu preciso. Precisava. Sublinha. Agora, a Diana incrível não existe. Você não a conhece mais. Talvez ela tenha se tornado genial, ao perceber que sua escolha pelas paredes do Athenas não foi por mero acaso. O acaso foi ter te encontrado.

E só pra não dizer que não falei das flores, até hoje não sei o que significa uma avenca partindo. Mas sim uma partida. Posso ser dissimulada, mas não vivo escondendo a primeira página.

Good Luck!

10 janeiro 2011

Amo Noite e Dia.:

Não é fácil sempre ser a culpada por tudo. As vezes não consigo entender como é que consigo fazer mal pra tanta gente, mesmo sem querer. Apenas sendo sincera ou confusa ou criança ou qualquer outro adjetivo que vocês possam agregar a minha pessoa. Sejam criativos, tem gente mandando bem por aí.

Sabe, não sou uma menina fácil. Sou chata. Muito chata e grossa. Mas acredito que as qualidades compensam. Deveriam, pelo menos. Mas é foda. Não é fácil conviver com essa culpa de: estraguei tudo. Fodi a vida da menina. Agora, sofre. Filha da puta. Eu, no caso. Não estou dando uma de vítima e nem falando sobre as merdas que já fiz por aí com as mulheres. Não. Isso é o de menos.

É só sair, conhecer, beijar que já faço a merda. Quando se apaixonam, então. Piorou. Quando me apaixono, então, nem se fala. É merda atrás de merda. E não sei como me aguentam, devem me amar mesmo. Mas enfim. Estou falando de vida. No geral. Ver uma pessoa que você gosta te xingando, duvidando de você, é chato. Muito chato. Dói.

Não era pra esse texto ser publicado hoje. Era outro. Também não era pra eu ter lido um monte de insultos e adjetivos nada legais a minha pessoa que foram feitos bem antes da virada do ano. 2010 se foi e com ele levou todos os 6 meses “incríveis” que passaram ao meu lado. Mas blz. Daí que quando o William me mandou uma mensagem dizendo que eu tinha que ser menos confusa. Surtei.

Foi como se minha cabeça virasse um telepronter quebrado com a aquela frase se repetindo e repetindo e repetindo: “Pessoas que não conseguem entender o que acontece com elas deviam se isolar. Na boa. Ou sei lá”. Me isolar. Quem é ela pra me dizer uma merda dessa? Ela é a menina que mais te conheceu, em todos esses anos. Bom, então deve ter alguma razão. Pensei.

Avisei aos chegados. Já tava tudo certo na minha cabeça. Acabou as sextas-feiras em frente ao bar brindando a vida e as mulheres e a falta das mulheres e os dinheiros e a falta dos dinheiros. Fim. Até eu me entender. Me decidir. Me convencer de que não sou uma pessoa tão confusa assim. A Diana engraçada, gente boa, a palhaça do rolê vai sair de cena. Tava tudo certo. Ou quase.

Tá, eu já sei que você não tá querendo conselho. Aham, eu também sei que muita coisa que falo você não gosta de ouvir. É que cara, não consigo ficar vendo essa situação toda e ir dormir bélissima. E eu gosto o suficiente de você, pra MAIS UMA VEZ, não conseguir ficar quieta. Aqui vai um monte de coisa que você já sabe que eu acho. É sua escolha continuar lendo... ou não.

Continuei. Nisso, subiu minha janela e o Will já foi logo me intimando: Que negocio é esse de você se afastar, bicha? Não tô entendendo porra nenhuma. Tá louca? Sim, talvez esteja. Respondi que não tava dando pra continuar nessa levada não. Fui meio vaga e voltei para o email.

(...) Cara, eu acho que você tem medo do amor que sente (...). Acho que pra você é mais confortante 'gostar' de quem não te da nem moral. Que só te procura por conveniência. Que não tá nem aí se você tá amando ainda ou não (...).

Antes de descer mais uma vez a barra de rolagem, Will chamando no meu celular. Atendi. Bicha, que porra é essa? Mano, pára né, Diana. Que mané fazer mal pra todo mundo, nada a ver. Sua vagabunda, eu amo você. Pára com essas ideias, caralho. William é deveras sutil pra quem é bicha.

Nisso, eu já estava chorando. Choro fácil e ai de quem reclamar disso. Só eu posso. Reclamar. Não gosto que chorem do meu lado. Mulher, no caso. Fico mal. Odeio quando choram e esse choro é por minha causa. Engulam, por favor. Vocês já engoliram coisas piores, convenhamos!

Voltei para o email. E foi aí que percebi.
(...) Dói ouvir você dizer, que precisa de 'um tempo'. Eu quero estar do seu lado e respeitar suas escolhas. Mesmo que eu seja uma chata as vezes, que eu seja grossa. Que eu só pense em mim, ou que eu não demonstre claramente... O que eu sinto por você menina, é um amor tão incondicional, que eu nem sei de onde vem.

Eu fico perdida sem você por perto. Eu preciso de você porra. Feliz ou triste. Confusa ou decidida. Na praia ou na Paulista. Cantando 'noite e dia' ou 'nosso sonho'. Me mandando tomar no cú, ou dizendo que me ama. Eu preciso de você comigo. Sempre. Ver você assim, me deixa sem paz pra nada. Eu te amo Diana Carvalho. NÃO ESQUEÇA. NUNCA.

Não tenho os melhores amigos do mundo, mas tenho o suficiente. Caralho, velho! Bianca arregaçou a minha segunda-feira. A melhor coisa é poder acordar e saber que mesmo sem ter um norte, mesmo sem saber pra onde ir, eu tenho lugar pra voltar e ficar.

Foda!